O presente artigo evidencia uma experiência extensionista junto a mulheres idosas através de uma oficina de saúde mental realizada no Centro de Referência e Atenção ao Idoso da Universidade de Passo Fundo - UPF. Através de metodologia dialógica, coletiva e participativa, as narrativas das histórias de vida das mulheres participantes são evidenciadas, buscando destacar a ressignificação de seus contextos meio a sociedade em que se inserem. Através de autores como Paulo Freire, Michel Maffesoli e Simone de Beauvoir, o artigo contribui com reflexões acerca de uma extensão universitária crítica que inclui um olhar sensível aos processos construídos com as comunidades, junto às mulheres idosas. Permeadas por histórias de opressão, restrições e silêncio, as mulheres encontram no espaço da oficina a possibilidade de falar de si, escutar e exercitarem-se em um processo livre de reflexão, instituindo o cuidado e o respeito pelas histórias de vida compartilhadas. Por meio deste processo, percebemos os aprendizados vivos e em movimento, que fortalecem e emancipam para a vida, para a tomada de decisão, para escolhas e caminhos, uma potência extensionista no cuidado à pessoa idosa.
Este artigo busca explorar as concepções acerca do brinquedo e do ato de brincar presentes na obra de Vigotski, salientando o papel desta experiência no curso normal do desenvolvimento infantil. Para tal, discorre-se sobre alguns posicionamentos sobre o tema considerados equivocados pelo autor, mapeando os motivos de suas contestações, bem como se busca evidenciar a própria concepção vigotskiana do brincar, e suas implicações práticas no desenvolvimento psíquico. Por fim, comenta-se o paralelo, indicado pelo autor, entre o brincar, a criação e a linguagem infantil, enquanto experiências significativas no processo de internalização das funções mentais superiores, bem como as potencialidades do manejo pedagógico da atividade lúdica.Palavras-chave: Brinquedos. Crianças - Desenvolvimento. Vigotsky, L. S. (Lev Semenovich), 1896-1934.
A interação verbal entre professoras e crianças de educação infantil pelo viés da participação guiada e da retomada da palavra Resumo: Neste artigo, objetiva-se abordar a interação verbal entre professoras e crianças de educação infantil, com base no conceito de participação guiada, proposto e desenvolvido por Rogoff (2005), e no conceito de retomada da palavra, desenvolvido por . O estudo resulta do projeto de pesquisa intitulado A interação verbal entre professoras e crianças de educação infantil: um encontro com a palavra. Fundamentam este trabalho os referenciais da teoria histórico-cultural, em especial os trabalhos de Lev S. Vigotski e a teoria da enunciação bakhtiniana, pelo pressuposto de que a linguagem é constitutiva do sujeito e adjacente à cultura. A pesquisa da qual deriva o presente artigo é de natureza qualitativa e se orienta pela abordagem de etnografia educacional. O trabalho de campo foi realizado em uma escola pública de educação infantil em Passo Fundo (RS), junto a 5 turmas de crianças entre 2 e 5 anos de idade e suas professoras, de outubro de 2014 a julho de 2015. São analisadas duas estratégias de potencialização da linguagem na criança -a retomada da palavra e a participação guiada -, tendo por base episódios de interação resultantes do material produzido.Palavras-chave: Linguagem; Educação infantil; Interação verbal; Participação guiada; Retomada da palavra.The verbal interaction between teachers and children of childhood education by bias resumption of the word and guided participation Abstract: This article aims to approach the verbal interaction between teachers and children of early childhood education, based on the concept of guided participation, proposed and developed by Rogoff (2005), and the concept of word recovery, developed by . The study results of the research project entitled The verbal interaction between teachers and children in child education: anmeeting with the word.Underpin this work the references of historical-cultural theory, especially Lev S. Vygotsky's work and the theory of Bakhtin's enunciation, the assumption that language is constitutive of the subject and adjacent to the culture. The research which derive this article is qualitative and is guided by the educational ethnography approach. Fieldwork was conducted in a public schoolchildhood education in Passo Fundo (RS), with 5 groups of children between 2 and 5 years old and their teachers, from October 2014 to July 2015. Two strategies of potentiation of language in children are analyzed-the resumption of the word and guided participation -based on episodes resulting interaction of the material produced.
Em 2019, celebramos trinta anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, um instrumento de direitos humanos ratificado em 1989 por 196 países, entre os quais o Brasil, e considerado o mais abrangente tratado em favor da promoção da infância e do seu cuidado. A Convenção estabelece que os Estados Partes devem assegurar a todas as meninas e a todos os meninos, sem nenhuma discriminação, o direito à convivência familiar e com a comunidade, à saúde, à alimentação, ao lazer, entre outros, também, a proteção, o cuidado frente a todas as formas de opressão, de violência e de discriminação, a informação sobre seus direitos e a participação em decisões que afetem suas vidas. Igualmente, cabe assegurar às crianças uma educação escolar que lhes ofereça condições para o desenvolvimento de suas personalidades, habilidades e talentos em seu máximo potencial. Apesar dos progressos na afirmação desses direitos, como a redução pela metade da mortalidade de crianças menores de cinco anos, conforme dados da Unicef (2019), há em torno de 262 milhões de crianças e adolescentes fora da escola, 650 milhões de adolescentes casadas antes dos dezoito anos de idade e, aproximadamente, 300 mil crianças mortas anualmente por problemas de saúde associados à qualidade da água, à falta de saneamento e às condições de higiene. Da mesma forma, ainda que as últimas décadas registrem progressos em todos os indicadores relacionados à educação-acesso, permanência e aprendizagem-, segundo a Unicef Brasil (2019), em diversas latitudes, um grande contingente de crianças de populações mais vulneráveis permanece fora da escola. Respostas a esse problema histórico não se limitam ao acesso à instrução, mas remetem à oferta de uma escola com processos educativos qualificados.
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