Variabilidade Do Regime Hidrológico Da Bacia Amazônica

Abstract

A Bacia Amazônica é afetada por episódios de secas e enchentes, como El Niño (EN), La Niña (LN), Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), causando graves alterações nos fluxos dos rios. Assim, o objetivo deste estudo é analisar como os recursos hídricos em nossa bacia hidrográfica contribuem para o fluxo do rio principal da bacia amazônica, bem como o seu comportamento em face de adversidades climáticas, temporais e espaciais, no período de 1982 a 2012, a partir de 16 postos fluviométricos ao longo do principal canal da Bacia, esse fluxo depende das variações de seus afluentes, na margen direita e na margem esquerda, e foi verificado que a tendência de aumento da vazão média no canal coincidiu com os afluentes da margem esquerda, ou seja, nas bacias do Rio Negro, Trombetas e Jari. Quanto à magnitude do fluxo, isso depende dos afluentes da margem direita, a bacia do rio Purus, Madeira, Tapajós e Xingu. A sazonalidade da bacia amazônica mostra 65% do fluxo total na época das cheias e 35% na seca e os postos ao longo do canal têm uma tendência crescente na amplitude do fluxo médio anual, medida que se aproxima da entrada. A tendência de crescimento da vazão média na calha coincidiu com os afluentes da margem esquerda, bacias do Rio Negro, Rio Trombetas e Rio Jari, já a magnitude da vazão depende dos afluentes da margem direita, bacias do Rio Purus, Rio Madeira, Rio Tapajós e Rio Xingu, já com relação a amplitude de vazão a influência é ocasionada tanto pelos afluentes da margem esquerda como direita, exceto, a bacia do Rio Purus.

Análise Da Tendência De Séries Históricas De Vazão Na Bacia Hidrográfica Do Rio Amazonas

“…Os aumentos de eventos de cheias interferem diretamente nas comunidades locais e em diversos munícipios às margens do rio Amazonas. Coutinho et al (2019) afirma que o risco socioeconômico ambiental é mais perigoso durante eventos de cheia, principalmente nos Estados com menor escala espacial como Rondônia e Roraima, e as cheias acarretam maior vulnerabilidade em estados com maior escala espacial como o Pará e Amazonas.…”

“…Apesar de não haver significância, os resultados das cinco estações deste trabalho e das sete estações do estudo deHachem (2016) apresentaram valores de ZMK positivos. O estudo de variabilidade hidrológica realizado porCoutinho et al (2019) também identificou tendência de crescimento da vazão na sub-bacia do Rio Trombetas.…”

“…Mas apenas as estações FazendaItaguaçu (2000Itaguaçu ( -2014,Consul (2000-2014), Rio Comandante Fontoura (2000-2014 e Boa Esperança(1985-2014 e 1995-2014) tiveram tendência positiva. O estudo deMoura (2015), na sub-bacia do Xingu, mostrou tendência significativa positiva de aumento na estação de Boa Esperança Coutinho et al (2019). identificou através de análise dos hidrogramas que a estação de Arapari teve tendência positiva e a de Altamira teve tendência negativa para o período de 1982-2012, no entanto, ao aplicar o teste de Mann Kendall não houve tendência.…”

“…encontrado porCoutinho et al (2019). Marengo e Tomasella (1998) aplicou o teste de Mann Kendall para a descarga média durante os três meses de cheia em estações localizadas na sub-bacia do Rio Negro no período e 1903-1992, os resultados do ZMK foram positivos, mas não significativos.…”

Caracterização do Igarapé Chico Reis, Rorainópolis - RR e restauração de matas ciliares na Amazônia: um referencial teórico

“…Nesse sentido, a Bacia Amazônica está presente em seis estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima (Marcuzzo, 2017;Coutinho et al, 2019). Particularmente no estado de Roraima, pode ser destacado a sub-bacia do Rio Branco, maior e mais importante do estado, com extensão de 45.530 Km² e afluente do Rio Negro (Roraima, 2019).…”