2014
DOI: 10.18569/tempus.v8i2.1524
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Teias de um Observatório para a saúde das populações do campo, da floresta e das águas no Brasil

Abstract: RESUMOA Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas reconhece a dívida histórica do Estado brasileiro com a saúde dessas populações, apresenta a necessidade de superação do modelo de desenvolvimento econômico e social na busca de relações homemnatureza responsáveis e promotoras da saúde. Como fruto da implantação dessa política, pensando no seu monitoramento e avaliação, estruturou-se em 2012 um Observatório denominado OBTEIA.Objetiva-se apresentar a experiência desse O… Show more

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“…A construção do enfoque socioambiental crítico dialoga, entre outros, com autores da medicina social latino-americana como Breilh (2006) em sua epidemiologia crítica; da ecologia política (O'Connor 1994;Foster, 2012; Guha e Alier, 2013) e os conceitos de metabolismo social e conflitos ambientais; da geografia política (Porto-Gonçalves, 2006;Haesbaert, 2004) e sua conexão com a geografia da saúde (Monken et al, 2008) e conceitos como território e novas territorialidades; da sociologia ambiental crítica (Acselrad, 2004;Bullard, 2005) que aprofundam a relação entre conflitos ambientais e os movimentos por justiça ambiental; dos estudos pós-coloniais e do grupo denominado Modernidade/Colonialidade (Santos e Meneses, 2010;Mignolo, 2010) por meio de uma epistemologia crítica (ou epistemologias do Sul), que contribuem para a desconstrução de epistemologias hegemônicas da ciência clássica, uma novidade teórica que pode iluminar alguns debates teóricos da saúde coletiva na crítica aos determinantes sociais da saúde (Borde, 2014); além de autores da saúde coletiva, que acumulam experiências de mapeamento de conflitos ambientais (Porto e Pacheco, 2009) e de produção compartilhada de conhecimentos e pesquisa-ação junto com movimentos sociais em lutas pela saúde no campo (Ferreira e Rigotto, 2014;Carneiro et al, 2014) ou nas cidades .…”
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“…A construção do enfoque socioambiental crítico dialoga, entre outros, com autores da medicina social latino-americana como Breilh (2006) em sua epidemiologia crítica; da ecologia política (O'Connor 1994;Foster, 2012; Guha e Alier, 2013) e os conceitos de metabolismo social e conflitos ambientais; da geografia política (Porto-Gonçalves, 2006;Haesbaert, 2004) e sua conexão com a geografia da saúde (Monken et al, 2008) e conceitos como território e novas territorialidades; da sociologia ambiental crítica (Acselrad, 2004;Bullard, 2005) que aprofundam a relação entre conflitos ambientais e os movimentos por justiça ambiental; dos estudos pós-coloniais e do grupo denominado Modernidade/Colonialidade (Santos e Meneses, 2010;Mignolo, 2010) por meio de uma epistemologia crítica (ou epistemologias do Sul), que contribuem para a desconstrução de epistemologias hegemônicas da ciência clássica, uma novidade teórica que pode iluminar alguns debates teóricos da saúde coletiva na crítica aos determinantes sociais da saúde (Borde, 2014); além de autores da saúde coletiva, que acumulam experiências de mapeamento de conflitos ambientais (Porto e Pacheco, 2009) e de produção compartilhada de conhecimentos e pesquisa-ação junto com movimentos sociais em lutas pela saúde no campo (Ferreira e Rigotto, 2014;Carneiro et al, 2014) ou nas cidades .…”
unclassified
“…As populações do campo, da floresta e das águas, residentes, em sua grande maioria, nas regiões do Norte e Nordeste do país, encontram-se em situações de iniquidades, vulnerabilidade e desigualdades históricas e estruturais, ainda mais graves quando comparadas à população urbana. No século XXI, as populações mais invisíveis para as políticas públicas do Estado são os/as camponeses/as, populações atingidas por barragens, extrativistas, pescadores, ribeirinhos, quilombolas, indígenas, dentre outras (CARNEIRO et al, 2014).…”
Section: Uma Aproximação Com a Saúde Dos Povos Do Campounclassified
“…A estruturação do Obteia tem três instâncias: 1) o comitê gestor, coordenado pela Universidade de Brasília (UnB) e composto por membros do Ministério da Saúde, pela Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (Sgep), por outras secretarias com interesse na temática, por três representantes dos movimentos sociais, membros do Grupo da Terra (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf); 2), equipe executiva, constituída pelos movimentos sociais e profissionais/pesquisadores da área, responsáveis por operacionalizar as atividades planejadas pelo projeto de implantação do Obteia; 3) Teia de Saberes e Práticas, que está sendo tecida por meio da sensibilização de diferentes agentes sociais, movimentos sociais e gestores/profissionais do SUS, pesquisadores nacionais e internacionais engajados na temática foco do Obteia (CARNEIRO et al, 2014).…”
Section: Introductionunclassified
“…O Obteia foi construído a partir de algumas questões norteadoras, sendo identificados cinco desafios para seu funcionamento: 1) avaliação da Política e contribuição para sua implantação em uma perspectiva emancipatória; 2) promoção da visibilidade da situação de saúde das populações do campo, da floresta e das águas; 3) utilização de referenciais teóricos críticos para subsidiar a constituição da Teia; 4) articulação do conhecimento e de metodologias oriundos da saúde coletiva (epidemiologia, planejamento, gestão e avaliação em saúde, ciências sociais, saúde e ambiente e trabalho) com os saberes e as práticas das populações do campo, da floresta e das águas; 5) implementação de metodologias participativas no observatório, a fim de proporcionar o diálogo entre movimentos sociais, pesquisadores e gestores/trabalhadores do SUS (CARNEIRO et al, 2014).…”
Section: Introductionunclassified