Sofrimento Moral Em Enfermeiros: Descrição Do Risco Para Profissionais

Abstract

RESUMO Objetivo: descrever o perfil de enfermeiros e a frequência de ocorrência de fatores de risco de sofrimento moral. Método: estudo quantitativo, descritivo e transversal, realizado com 268 enfermeiros assistenciais, atuantes no Rio Grande do Sul (Brasil), em de instituições hospitalares e unidades de saúde de atenção primária, durante os meses de março e julho de 2016. A coleta de dados foi online, através da ferramenta GoogleDocs. Foram utilizadas uma escala de risco de sofrimento moral e um conjunto de variáveis para caracterização do participante e do seu contexto de trabalho. Resultados: a amostra foi constituída, sobretudo, por mulheres, jovens, que mantinham um vínculo empregatício, trabalhavam entre 36h e 40h por semana, com renda mensal média entre cinco e sete salários mínimos e cerca de dez anos de experiência na enfermagem. O risco de sofrimento moral foi considerado moderado, com um considerável percentual de profissionais demonstrando intenção de abandonar o emprego atual. Conclusão: o sofrimento moral é uma realidade vivenciada pelos enfermeiros investigados, sendo a identificação dos fatores de risco uma das ferramentas no processo de construção de estratégias de enfrentamento.

Segurança do profissional e problemas éticos e bioéticos no cotidiano da atenção primária

“…Em determinada Outrossim, merecem destaque os liames entre a sobrecarga de trabalho e o sofrimento moral, constituindo uma ameaça real à dignidade humana e coletiva; dessa forma, a compreensão do cotidiano do profissional e suas implicações em sua prática segura possibilitará refutar e precaver o sofrimento moral (54,55).…”

Tendências das produções científicas brasileiras acerca das questões éticas e saúde do trabalhador

“…A gestão executa um papel importante no processo de identificação das condições de risco e na discussão sobre questões éticas com os profissionais, prevenindo esse sofrimento moral, quando o profissional se sente protegido para expor suas angústias e despertar essas questões éticas (Schaefer, et al, 2018).…”

Práticas de enfermeiros de um hospital universitário na continuidade do cuidado para a atenção primária

“…Para os enfermeiros deste estudo, a falta de tempo e a sobrecarga de trabalho são algumas das fragilidades para a continuidade do cuidado, as quais, em geral, estão relacionadas com a falta de recursos humanos 23 . O quantitativo limitado de profissionais, a extensa carga horária e a sobrecarga de trabalho colaboram e influenciam diretamente a qualidade do cuidado oferecido pelos enfermeiros.…”