Questões de gênero e raça no contexto das organizações: um mapeamento da produção científica do EnEO e EnGPR no período de 2000 a 2019

Abstract

Este artigo explora o acervo de publicações da Associação Nacional de Pós Graduação em Administração (ANPAD), especificamente nos eventos Encontro Nacional de Estudos Organizações (EnEO) e Encontro de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho (EnGPR), identificando os artigos que versam sobre questões de gênero e relações raciais no contexto organizacional. Tendo como objetivo analisar as principais características das publicações sobre os referidos temas, a metodologia utilizada qualifica a pesquisa como bibliográfica e descritiva com uso de VOSviewer. Os resultados encontrados indicam que os artigos apresentam uma forte prevalência de trabalhos sobre gênero, com abordagem das questões relativas à desigualdade e descrição das dificuldades vividas pelas mulheres ao desempenhar papéis historicamente destinado aos homens, como liderança e prática empreendedora. A análise das palavras-chave e dos objetivos das pesquisas converge com esta leitura. A distribuição das publicações ao longo do tempo identifica um aspecto fragmentário, não sugerindo fortalecimento das pesquisas no campo. Quanto aos aspectos metodológicos, as publicações seguem as tendências do campo das pesquisas no campo dos estudos organizacionais, apresentando uma grande maioria de estudos qualitativos, com emprego de entrevistas e/ou estudo de caso como técnica de coleta de dados e destaque para análise de conteúdo na discussão dos resultados.

A construção de relações interpessoais no ambiente de trabalho para a população LGBTQIAPN+: Revisão Integrativa

“…É sabido que o processo de escravidão vivenciado no Brasil até 1988, constituiu profundas exclusões sociais que se perpetuam até os dias atuais. No caso de pessoas LGBTQIAPN+ pertencentes a classes sociais vulnerabilizadas, bem como pretos, pardos ou indígenas, sofrem uma dupla ou tripla carga de exclusão social (Brito, Nepomuceno, Nobre, 2022).…”

As relações sociais de gênero e a pesquisa científica no ICSEZ/UFAM

“…Brito et al (2022) discutem sobre a escolaridade das mulheres, a qual têm apresentado destaque por passar o nível da educação masculina, contudo, tal aspecto pouco influencia no mercado de trabalho, ou, numa posição de maior poder hierárquico. Para Cisne e Santos (2018, p. 66) as diferenças entre homens e mulheres se ampliam com a divisão sexual do trabalho, tendo como fundamento a ideologia patriarcal e a categorização assimétrica dos sexos.…”