Abstract:O desenvolvimento de abordagens para estudo de cadeias de suprimentos é relativamente recente e vem sendo tratado em periódicos científicos, de modo sistemático, apenas a partir do final dos anos 80. Neste artigo, são apresentados, inicialmente, os principais pressupostos da abordagem que ficou conhecida como Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS). Em seguida, procura-se ilustrar, a partir de uma revisão parcial de trabalhos realizados sobre a indústria automobilística, em que medida tais pressupostos podem, ou… Show more
“…Fonte: Alves Filho et al, 2004. O primeiro subconjunto de pressupostos, e o mais importante, embasa todos os outros aqui apresentados. Refere-se à maneira como as companhias e pesquisadores percebem o ambiente competitivo, considerando que a competição ocorre entre cadeias inteiras, e não entre empresas isoladas.…”
Section: Figura 1: Principais Pressupostos Da Gestão Da Cadeia De Supunclassified
“…Apenas no início da década de 90, lastreado pelo amplo desenvolvimento da logística, o assunto começa a ser sistematicamente tratado em periódicos científicos nas áreas de Administração e Engenharia de Produção no ocidente, com a difusão do novo padrão de relacionamento entre montadoras e fornecedores da indústria automobilística japonesa (Alves Filho, Cerra, Maia, Sacomano Neto, & Bonadio, 2004).…”
Na indústria automobilística brasileira, as atividades de Desenvolvimento de Produtos (DP) vêm sendo influenciadas por alterações nas cadeias de suprimentos resultantes da instalação de novas montadoras e da consolidação e desnacionalização do setor de autopeças, bem como do impacto de fenômenos específicos do cenário brasileiro, como a utilização dos motores de 1000cc e bicombustíveis. Este trabalho tem por objetivo comparar os graus de autonomia tecnológica conquistados por três montadoras de motores instaladas no Brasil, bem como identificar as atividades de Desenvolvimento de Produtos que essas subsidiárias realizam em conjunto com os fornecedores. Desse modo, buscamos verificar como são as relações entre empresas dentro de cadeias de suprimentos, como as atividades e competências em DP estão distribuídas ao longo delas e como as montadoras administram essa distribuição. Em geral, as estratégias de DP dessas montadoras são muito semelhantes e orientadas para a competitividade local. As diferenças ocorrem em função das estruturas de suas cadeias de fornecedores e de suas políticas de suprimentos.
“…Fonte: Alves Filho et al, 2004. O primeiro subconjunto de pressupostos, e o mais importante, embasa todos os outros aqui apresentados. Refere-se à maneira como as companhias e pesquisadores percebem o ambiente competitivo, considerando que a competição ocorre entre cadeias inteiras, e não entre empresas isoladas.…”
Section: Figura 1: Principais Pressupostos Da Gestão Da Cadeia De Supunclassified
“…Apenas no início da década de 90, lastreado pelo amplo desenvolvimento da logística, o assunto começa a ser sistematicamente tratado em periódicos científicos nas áreas de Administração e Engenharia de Produção no ocidente, com a difusão do novo padrão de relacionamento entre montadoras e fornecedores da indústria automobilística japonesa (Alves Filho, Cerra, Maia, Sacomano Neto, & Bonadio, 2004).…”
Na indústria automobilística brasileira, as atividades de Desenvolvimento de Produtos (DP) vêm sendo influenciadas por alterações nas cadeias de suprimentos resultantes da instalação de novas montadoras e da consolidação e desnacionalização do setor de autopeças, bem como do impacto de fenômenos específicos do cenário brasileiro, como a utilização dos motores de 1000cc e bicombustíveis. Este trabalho tem por objetivo comparar os graus de autonomia tecnológica conquistados por três montadoras de motores instaladas no Brasil, bem como identificar as atividades de Desenvolvimento de Produtos que essas subsidiárias realizam em conjunto com os fornecedores. Desse modo, buscamos verificar como são as relações entre empresas dentro de cadeias de suprimentos, como as atividades e competências em DP estão distribuídas ao longo delas e como as montadoras administram essa distribuição. Em geral, as estratégias de DP dessas montadoras são muito semelhantes e orientadas para a competitividade local. As diferenças ocorrem em função das estruturas de suas cadeias de fornecedores e de suas políticas de suprimentos.
“…Alves Filho et al (2004) consideram a GCS um corpo de conhecimentos ainda em construção. Indicam que a literatura que trata do tema, tanto a de cunho mais prescritivo como a empírica, assume um conjunto de pressupostos que, em muitos casos, são enunciados como princípios norteadores de práticas de gestão mais eficazes, como se o conjunto destes pudesse ser adotado e ser o mais eficaz e eficiente em quaisquer circunstâncias.…”
Section: Introductionunclassified
“…Abordando características estruturais e relacionais, Alves Filho et al (2004) destacam alguns dos principais pressupostos que diversos autores adotam -em geral, implicitamente -ao discutirem a GCS e ao proporem métodos e práticas. Apresentam e agrupam tais pressupostos em quatro subconjuntos: ambiente competitivo; alinhamento estratégico das organizações e repartição de ganhos; estrutura da cadeia de suprimentos; e relações entre empresas da podem condicionar diversas decisões relativas às características estruturais e relacionais implementadas nas cadeias.…”
The main goal of this article is to identify and compare structural and relational characteristics ofResumo: O objetivo deste artigo é identificar e comparar características estruturais e relacionais de cadeias de suprimentos produtoras de motores para automóveis e de cadeias do setor de linha branca instaladas no Brasil. Foram realizados para isso três estudos de caso em cada um destes setores. Os processos de reestruturação dos dois setores desde meados da década de 1990 apresentaram traços semelhantes, e as montadoras estudadas aumentaram suas bases de fornecimento em função da ampliação da diversidade de modelos e produtos produzidos. Mas há diferenças entre os dois setores no que tange à sazonalidade de demanda, ao comprimento (quantidade de elos) das cadeias e às relações das montadoras com fornecedores de segundo nível (da segunda camada de fornecimento). Os resultados mostram que, em cada setor, mesmo quando possuem objetivos estratégicos e prioridades competitivas de produção em alguma medida similares, as empresas adotam práticas e configurações de Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) distintas. Em cada um dos setores, há diferenças estruturais e relacionais importantes entre as cadeias de suprimentos. As montadoras estudadas apresentam diferentes níveis de terceirização de componentes, têm suas plantas posicionadas a distâncias distintas dos respectivos conjuntos de fornecedores e possuem diferentes políticas de suprimentos e números de fornecedores.Palavras-chave: Cadeias de Suprimentos. Gestão da Cadeia de suprimentos. Setor Automobilístico. Setor de Linha branca.Cadeias de suprimentos de montadoras dos setores automobilístico e de linha branca -Uma análise comparativa por meio de estudos de caso
“…Esses novos arranjos são caracterizados por um grau elevado de outsourcing, contratos de longo prazo, acordos integrativos, coprodução de componentes, troca de ativos específicos, transferência de informações e suporte aos fornecedores. Eles também modificam o relacionamento das montadoras com os fornecedores de autopeças (HELPER, 1991;LAMMING, 1993;COOPER;PAGH, 1998;FLEURY, 1999;CROXTON et al, 2001;ALVES FILHO et al, 2004;PIRES;SACOMANO NETO, 2008; ALÁEZ-ALLER; LONGÁS-GARCÍA, 2010) Existem duas consequências básicas dessas mudanças para o setor de autopeças: (1) um aumento significativo das exigências das montadoras quanto à qualidade, entregas just-in-time, global sourcing, follow sourcing, desenvolvimento de produtos, fornecimento de funções completas (sistemas, subsistemas ou módulos), co-design, capacitação financeira e tecnológica; (2) maior concentração dos fornecedores de autopeças nas mãos de grandes grupos internacionais e uma desnacionalização do setor (CARVALHO et al, 2000). Essas exigências de desempenho com os fornecedores também são verificadas em elos a jusante das empresas, como clientes e distribuidores, (CHIA et al, 2009;HILSDORF;ROTONDARO;PIRES, 2009;OU et al, 2010).…”
Resumo: Muito da base conceitual sobre medição de desempenho nas empresas industriais foi construído sob a perspectiva interna, ou seja, empresas tratadas individualmente. Com o advento e expansão do conceito de gestão da cadeia de suprimentos, cresceu a demanda por uma revisão do conhecimento e dos sistemas de medição à luz da cadeia como um todo. Por sua vez, a introdução dos novos arranjos produtivos na indústria automobilística, como os condomínios industriais, estimulou o desenvolvimento de novos padrões de relacionamento nas cadeias de suprimentos, trazendo consigo novas formas de se conduzir a gestão de desempenho entre empresas. Nesse contexto, a pesquisa realizada teve como propósito principal identificar a ocorrência e analisar as principais características da medição de desempenho em uma representativa cadeia de suprimentos da indústria automobilística brasileira, a qual utiliza um sistema de montagem do tipo condomínio industrial. A pesquisa teve um caráter exploratório, descritivo, e a coleta de dados foi realizada principalmente por meio de entrevistas (seguindo um questionário semiestruturado) com executivos envolvidos com o tema de estudo nas referidas empresas. Como principal resultado, a pesquisa não identificou a ocorrência de um sistema único de medição de desempenho da cadeia de suprimentos estudada. O constatado é que o sistema de medição de desempenho interno da montadora desdobra-se a montante e a jusante, com claras implicações nos sistemas de medição de desempenho dos quatro fornecedores e da concessionária estudados. A partir dos indicadores de desempenho das empresas, pode-se constatar que as medidas a montante são fortemente direcionadas para os aspectos operacionais relacionados à qualidade, produção e desempenho das entregas e as medidas a jusante apresentam um caráter mais estratégico e mercadológico. Também, tem-se que a medição de desempenho na cadeia tende a ser mais intensa nos relacionamentos mais colaborativos.Palavras-chave: Medição de desempenho. Gestão da cadeia de suprimentos. Indústria automobilística.
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