Práticas de cuidado de enfermeiros à pessoa com Diabetes mellitus na hospitalização

Abstract

O enfermeiro tem papel fundamental na implementação de práticas de cuidado que potencializem o manejo do diabetes mellitus pela própria pessoa no hospital. Descrever as práticas de cuidado realizadas pelos enfermeiros à pessoa com diabetes mellitus na internação no hospital. Pesquisa qualitativa realizada em hospital de ensino na Região Sul do Brasil. O trabalho de campo foi desenvolvido entre setembro e outubro de 2019, com 15 enfermeiros de unidades de internação clínica, médica e de urgência e emergência selecionados mediante amostra intencional. A técnica de produção de dados incluiu a entrevista semiestruturada e, para organização e gerenciamento dos dados utilizou-se o Programa Ethnograph V6 e, analisados por meio de análise de conteúdo. Foram construídas três categorias: a primeira, Sistematização da Assistência de Enfermagem, reconheceram e foram conscientes da importância de desenvolve-la, destacando a prescrição de enfermagem como essencial para prover práticas de cuidado; a segunda, Atividades Assistenciais, principalmente, o controle e monitoramento da glicemia capilar, manejo da aplicação de insulina, monitoramento de episódios agudos de hipoglicemia ou hiperglicemia e, a terceira, Atividades Educativas, às orientações individuais e coletivas corresponderam a alimentação, uso de medicamentos, cuidados com os pés e, (re)conhecer modificações no próprio corpo. As práticas desenvolvidas visam a recuperação e promoção da saúde e, prevenção de complicações na perspectiva de promover o autocuidado à pessoa com diabetes e o preparo para retorno ao domicílio.

Emergências glicêmicas: complicações frequentes na práticas do emergencista

“…Nesse sentido, a literatura apontou algumas complicações que dificultam as práticas de cuidado. A princípio, as manifestações clínicas devem ser identificadas já na fase inicial do distúrbio, para que as medidas sejam realizadas antes de qualquer agravo clínico (Barcellos et al, 2021).…”

“…Nesse contexto, as emergências glicêmicas estão entre as principais causas de morbidade, as causas de complicações crônicas e efeitos negativos no que tange à qualidade dos indivíduos que convivem com a doença. A vista disso, o profissional deve conhecer o perfil do paciente, para facilitar a preparação das estratégias de abordagem e medidas de prevenção de emergências glicêmicas, por meio de assistências voltadas ao controle e monitoramento da glicemia capilar, terapias de insulina e monitoramento de episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia, e principalmente a educação em saúde, com atividades educativas de nutrição e cuidados aos indivíduos com diabetes e aos grupos em fatores de riscos (Barcellos et al, 2021;Coelho et al, 2021).…”