Occupational Physical Violence in Urgency and Emergency Hospital Services: Perceptions of Nursing Workers

Abstract

RESUMOObjetivou-se desvelar as percepções de trabalhadores de enfermagem em relação à violência física ocupacional em serviços de urgência e emergência hospitalares. Estudo qualitativo desenvolvido por meio de 16 entrevistas individuais, cujos dados foram coletados entre março e maio de 2015 em dois hospitais de média complexidade, localizados no norte do Paraná. Para interpretação dos discursos adotaram-se análise de conteúdo e interacionismo simbólico como referenciais metodológico e teórico, respectivamente. Identificou-se que os atos agressivos foram perpetrados, em sua maioria, por pacientes e por profissionais de outras áreas da saúde, e suas motivações estavam intimamente relacionadas à maneira com que os envolvidos se comunicaram. Outro aspecto desvelado foram as reações dos trabalhadores de acordo com suas características pessoais e a maneira como desenvolveram o self (consciência de si mesmo). A compreensão da violência física ocupacional sob a perspectiva dos diferentes atores revelou sua complexidade e a importância do desenvolvimento de ações, não apenas por parte dos profissionais de enfermagem, mas pelas equipes multiprofissionais e intersetoriais, visando à prevenção e ao enfrentamento da violência ocupacional. Palavras-chave: Enfermagem; Violência no Trabalho; Serviço Hospitalar de Emergência. ABSTR ACT The objective was to reveal the perception of Nurses regarding occupational physical violence in urgency and emergency services. A qualitative study developed through 16 individual interviews with data collected between March and May 2015 in two hospitals

Violência ocupacional na equipe de enfermagem: prevalência e fatores associados

“…(24) In addition, professionals who were physically assaulted by a user of the health services interpret and attribute meanings to the relationship established with the patient for whom they provided care, and, as a consequence, these professionals developed defense mechanisms, such as affective distancing from work. (25) Verbal abuse, similar to the findings of other national and international studies, was the form of violence with the highest prevalence. (9,17,26,27) Different from physical violence, verbal abuse was primarily perpetrated by females, by peers and superiors.…”

Relatos de violência ocupacional de equipe de enfermagem em uma unidade de emergência no sul do Brasil

“…Há vários fatores que podem contribuir para que isto ocorra, a sobrecarga de atividades e a superlotação em Unidades de Saúde gera em si conflitos entre trabalhadores e usuários, além disso, isto está ligado ao processo de trabalho, que vai desde a demora no atendimento, as condições do paciente, dos tipos de relacionamentos, problemas na comunicação, disputa de poder, hierarquia e as condições de trabalho (SCARAMAL DA, et al, 2017).…”

Violência no trabalho da enfermagem nos serviços hospitalares: ponderações teóricas

“…Acaba-se, dessa forma, o profissional sendo o culpado pelas condições precárias de trabalho e, na tentativa de diminuir as situações de insatisfação com relação ao atendimento oferecido, eles explicam a real situação de trabalho ao usuário, o que pode provocar mais revolta no agressor. [9][10] Nota-se, no que se refere às condições do local de trabalho, que o desmonte que o Sistema Único de Saúde vem sofrendo no decorrer dos anos tem agravado esse aspecto: a ausência de insumos, de Foram encontrados elementos relevantes que caracterizam o fenômeno estudado, como descrição do agressor da prática do assédio m o r a l , s i t u a ç õ e s , d u r a ç ã o e frequência dos atos, relatos de exemplos e repercussões do assédio na saúde das vítimas. Sentimento de tristeza, raiva e impotência foram vivenciados pelas testemunhas.…”