Abstract:Resumo: Trata-se de mostrar a originalidade crítica de Siegfried Kracauer diante da experiência da modernidade estética e de discutir as afinidades estético-teóricas de Kracauer e Benjamim ao analisar a Paris da segunda metade do século XIX, o Segundo Império, em particular, como fenômeno originário da sociedade de massas, da indústria cultural e do entretenimento e, sobretudo, do nazi-fascismo. Kracauer durante seu exílio parisiense (1933-41) escreveu uma "biografia da sociedade": Jacques Offenbach e a Paris … Show more
“…É nesta cidade, sobretudo a partir da segunda metade do século XIX, que Benjamin perceberá a forma originária da modernidade, vendo na vida urbana parisiense o modelo embrionário da sociedade de massas e do totalitarismo (Machado, 2006). Esta Paris expressa, na sua própria superfície, o ímpeto destruidor do tempo da modernidade, no qual tudo -inclusive as mais recentes novidades -é transformado em entulho e passado.…”
Section: Modernidade E Exílio: a Perspectiva Do Estranho Do Seu Próprunclassified
“…Ambos também foram importantes pensadores do regime de historicidade da modernidade, tendo como ponto de partida as reflexões sobre a Paris do século XIX. Além de tudo, foram amigos (Machado, 2006). históricos, ou seja, no sentido oposto de semelhança total com o seu próprio tempo.…”
Section: Modernidade E Exílio: a Perspectiva Do Estranho Do Seu Próprunclassified
RESUMOO artigo pretende examinar a figura do "exilado" e suas respectivas contribuições para o ofício de historiador no regime de historicidade da modernidade. Para tanto, primeiramente e a partir das abordagens de Charles Baudelaire e da Paris do século XIX feitas por Walter Benjamin, serão analisadas as qualidades desse tempo histórico e os desafios que ele traz para a historiografia. Em um segundo momento, recuará e perceberá a categoria do "exílio" como inerente aos processos políticos e culturais do Atlântico Negro, bem como às perspectivas e às narrativas distintivas produzidas pela diáspora negra em seu trânsito pela modernidade--colonialidade. Espera--se, assim, que a exploração da ideia de "exílio", ancorada nas experiências de negros e negras no mundo atlântico, forneça um arcabouço instrumental para se pensar a história e o historiador na contemporaneidade.
PALAVRAS--CHAVE: história, exílio, Atlântico Negro, modernidade, colonialidade
EXILE AND HISTORY: A PERSPECTIVE OF THE HISTORIAN'S CRAFT FROM THE BLACK ATLANTIC ABSTRACTThe paper intends to examine the figure of "exile" and its contributions to the historian's craft in the modern regime of historicity. Firstly, from Walter Benjamin's approaches of Charles Baudelaire and Paris in the 19th century, it analyzes the qualities and the challenges of this historic time to the historiography. In a second time, the paper works the category of "exile" as inherent to the political and cultural processes of the Black Atlantic, as well as to the distinctive narratives produced by the African Diaspora in the modernity--coloniality. Thereby, it is expected that the idea of "exile", anchored in the experience of people of African descent throughout the Atlantic world, provides an instrumental framework to think the history and the historian in contemporary.
“…É nesta cidade, sobretudo a partir da segunda metade do século XIX, que Benjamin perceberá a forma originária da modernidade, vendo na vida urbana parisiense o modelo embrionário da sociedade de massas e do totalitarismo (Machado, 2006). Esta Paris expressa, na sua própria superfície, o ímpeto destruidor do tempo da modernidade, no qual tudo -inclusive as mais recentes novidades -é transformado em entulho e passado.…”
Section: Modernidade E Exílio: a Perspectiva Do Estranho Do Seu Próprunclassified
“…Ambos também foram importantes pensadores do regime de historicidade da modernidade, tendo como ponto de partida as reflexões sobre a Paris do século XIX. Além de tudo, foram amigos (Machado, 2006). históricos, ou seja, no sentido oposto de semelhança total com o seu próprio tempo.…”
Section: Modernidade E Exílio: a Perspectiva Do Estranho Do Seu Próprunclassified
RESUMOO artigo pretende examinar a figura do "exilado" e suas respectivas contribuições para o ofício de historiador no regime de historicidade da modernidade. Para tanto, primeiramente e a partir das abordagens de Charles Baudelaire e da Paris do século XIX feitas por Walter Benjamin, serão analisadas as qualidades desse tempo histórico e os desafios que ele traz para a historiografia. Em um segundo momento, recuará e perceberá a categoria do "exílio" como inerente aos processos políticos e culturais do Atlântico Negro, bem como às perspectivas e às narrativas distintivas produzidas pela diáspora negra em seu trânsito pela modernidade--colonialidade. Espera--se, assim, que a exploração da ideia de "exílio", ancorada nas experiências de negros e negras no mundo atlântico, forneça um arcabouço instrumental para se pensar a história e o historiador na contemporaneidade.
PALAVRAS--CHAVE: história, exílio, Atlântico Negro, modernidade, colonialidade
EXILE AND HISTORY: A PERSPECTIVE OF THE HISTORIAN'S CRAFT FROM THE BLACK ATLANTIC ABSTRACTThe paper intends to examine the figure of "exile" and its contributions to the historian's craft in the modern regime of historicity. Firstly, from Walter Benjamin's approaches of Charles Baudelaire and Paris in the 19th century, it analyzes the qualities and the challenges of this historic time to the historiography. In a second time, the paper works the category of "exile" as inherent to the political and cultural processes of the Black Atlantic, as well as to the distinctive narratives produced by the African Diaspora in the modernity--coloniality. Thereby, it is expected that the idea of "exile", anchored in the experience of people of African descent throughout the Atlantic world, provides an instrumental framework to think the history and the historian in contemporary.
Este artigo tem como objetivo retraçar os primeiros anos de “cultura jovem” na região do Grande ABC, por meio da análise do surgimento do rock como musicalidade relacionada ao lazer dançante e à indústria cultural. Para tanto, mapearemos seus espaços de sociabilidade, sublinhando suas principais implicações para o cotidiano regional e seus desdobramentos estilísticos e institucionais mais significativos.
O presente artigo sustenta a hipótese que Siegfried Kracauer identifica em seus primeiros escritos sobre a história do cinema aspectos que estarão presentes na linguagem do cinema moderno. Analisando filmes de Pudovkin, Gance e Vigo na série Revendo Filmes Antigos (Wiedersehen mit alten Filmen, 1938-1940), Kracauer discute a persistência do simbolismo e atmosfera no auge e declínio do cinema silencioso, com a técnica da montagem; na primeira infância do sonoro, nos diálogos e na narração; e na síntese formal que alcança a partir da relação que estabelecem com os personagens. Trata-se, em conjunto, de uma escrita da história pluridimensional, que interpreta os filmes antigos em relação ao passado, ao presente e ao futuro não apenas dos filmes, mas do próprio cinema e do historiador que a eles se dedica à época da formação do cinema moderno.
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