A PARTIR DE UM SURVEY
IntroduçãoEste texto explora parte dos dados de uma pesquisa mais ampla desenvolvida na Baixada Fluminense -Rio de Janeiro 1 que objetivou analisar a relação entre juventude, religião e política. O estudo foi realizado com jovens de 15 a 24 anos 2 que participavam de paróquias católicas e Igrejas pentecostais nos anos de 2007 e 2008. Uma parte dos dados foi discutida em outro lugar (Fernandes 2009), onde foram apresentadas as crenças e pertenças dos jovens investigados, além de algumas representações sociopolíticas. Foram entrevistados quinhentos e quarenta e dois jovens evangélicos e cento e cinquenta e oito jovens católicos. Essa aparente desproporção é um dado da pesquisa, pois a unidade de seleção foi o templo católico ou pentecostal 3 , mas havia sempre menor número de jovens nas paróquias católicas em atividades ordinárias do que nas Igrejas pentecostais.Dentre os entrevistados 43,3% eram homens, 50,6% mulheres e 6,2% não responderam à questão relativa ao sexo. No universo católico, as moças correspondem a 49,8%; os rapazes totalizam 45,8% e 4,4% não responderam a respeito. Entre os pentecostais informantes, 50,7% eram moças e 42,7%, rapazes; 6,6% não informaram o sexo. Percebe-se, portanto, que há maior proporção de moças do que rapazes nas Igrejas, fato que confirma outras pesquisas (Mariz e Machado 2000).