“…Sendo a transição para a vida adulta caracterizada como uma idade de possibilidades, mas também como de instabilidade (Arnett, 2007;, os jovens dependem mais e por um período mais prolongado dos seus pais, tanto do ponto de vista financeiro quanto funcional, afetivo e estrutural (Andrade, 2010;Coimbra & Mendonça, 2013;Mendonça & Fontaine, 2013a). Essa transição é entendida como um "empreendimento desenvolvimental conjunto" (Scabini et al, 2006), em que os pais "investem" nos seus filhos esperando que possa existir um retorno desse investimento mais tarde, numa lógica de "banco de solidariedade" (Antonucci, 1985;Coimbra & Mendonça, 2013). A solidariedade intergeracional torna-se, por conseguinte, cada vez mais importante, na medida em que tanto as camadas mais jovens como as mais envelhecidas necessitam assegurar a sua sobrevivência e o seu bem-estar Coimbra & Mendonça, 2013).…”