Este artigo tem como objetivo refletir sobre os desafios sociais ocorridos a partir da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como uma política pública que assume, em sua proposição, o combate às desigualdades sociais na construção dos currículos dos estados no território brasileiro. A reflexão problematiza o processo e a construção do Currículo (agora homologado), do Ensino Médio da área das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa do tipo bibliográfico com coleta de dados participante e documental. Os resultados indicaram fragilidades na construção do currículo nos aspectos que constituem uma perspectiva de formação humana: crítica, ética e integral dos jovens catarinenses. Conclui-se que, da forma como foi construído, o texto do currículo do Estado de Santa Catarina, do Ensino Médio da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a ênfase do processo educacional se sustentou em lógicas neoliberais, de competição e de meritocracia, que, nesta leitura, amplificam as desigualdades sociais do território catarinense.