Abstract:No presente trabalho, o autor procura analisar, ou mais exatamente desconstruir, a essência do pensamento dito de “estratégia” e de governança das organizações, atualmente dominante na cena acadêmica da administração. Servindo-se de uma leitura tanto histórica, heurística, como epistemológica e metodológica da obra e do sistema dominantes no assunto, denominado por ele “porterismo”, o autor faz um balanço crítico do conjunto de teorias da “estratégia” gerencial em geral e daquela do autor mais considerado no a… Show more
“…Ao longo da história, aproveitando-se ou apropriando-se habilmente de discursos acadêmicos convenientes, as estratégias das corporações se concentraram em buscar a redução da competição e o maior controle da corporação, em termos políticos e econômicos, sobre os chamados "mercados" (Whittington, 2001;Aktouf, 2002).…”
Section: Uma Revisão Crítica Da áRea De Estratégiaunclassified
“…Essa característica, que ajuda a esclarecer o grande número de gurus na área, é explicada pelos interesses e pela influência das elites corporativas e das grandes empresas de consultoria em um campo de conhecimento tão poderoso e contestado (Aktouf, 2002;Knights e Morgan, 1990). No fundo, essa característica reflete a influência político-econômica da grande empresa nos EUA sobre o "mercado" desde o início do século passado e também sobre os processos de constituição e legitimação da academia de administração e de suas disciplinas (Locke, 1996).…”
SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. A área de estratégia desafiada na Europa; 3. Uma revisão histórica da responsabilidade social empresarial; 4. As principais abordagens de RSE; 5. Um histórico da área de estratégia; 6. Considerações finais. Após longo período de desinteresse por questões sociais ou políticas e devido aos recentes escândalos protagonizados por grandes corporações, observamos nos últimos 10 anos a aproximação da área de estratégia, em especial nos EUA, do tema responsabilidade social empresarial (RSE). Fenômeno similar começa a ser observado no Brasil. Este artigo argumenta que essa aproximação deve ser desafiada. Baseando-se na análise crítica da área de estratégia feita recentemente por pesquisadores europeus, os autores mostram que a não-neutralidade da área de estratégia, vista como um campo organizacional, ajuda a explicar o escândalo da Enron, por exemplo. O desinteresse da literatura dominante por esse tipo de * Artigo recebido
“…Ao longo da história, aproveitando-se ou apropriando-se habilmente de discursos acadêmicos convenientes, as estratégias das corporações se concentraram em buscar a redução da competição e o maior controle da corporação, em termos políticos e econômicos, sobre os chamados "mercados" (Whittington, 2001;Aktouf, 2002).…”
Section: Uma Revisão Crítica Da áRea De Estratégiaunclassified
“…Essa característica, que ajuda a esclarecer o grande número de gurus na área, é explicada pelos interesses e pela influência das elites corporativas e das grandes empresas de consultoria em um campo de conhecimento tão poderoso e contestado (Aktouf, 2002;Knights e Morgan, 1990). No fundo, essa característica reflete a influência político-econômica da grande empresa nos EUA sobre o "mercado" desde o início do século passado e também sobre os processos de constituição e legitimação da academia de administração e de suas disciplinas (Locke, 1996).…”
SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. A área de estratégia desafiada na Europa; 3. Uma revisão histórica da responsabilidade social empresarial; 4. As principais abordagens de RSE; 5. Um histórico da área de estratégia; 6. Considerações finais. Após longo período de desinteresse por questões sociais ou políticas e devido aos recentes escândalos protagonizados por grandes corporações, observamos nos últimos 10 anos a aproximação da área de estratégia, em especial nos EUA, do tema responsabilidade social empresarial (RSE). Fenômeno similar começa a ser observado no Brasil. Este artigo argumenta que essa aproximação deve ser desafiada. Baseando-se na análise crítica da área de estratégia feita recentemente por pesquisadores europeus, os autores mostram que a não-neutralidade da área de estratégia, vista como um campo organizacional, ajuda a explicar o escândalo da Enron, por exemplo. O desinteresse da literatura dominante por esse tipo de * Artigo recebido
“…Hoje é mais importante o mercado que os insumos. Aktouf (2002) se utiliza dessa visão a-histórica para explicar as estratégias genéricas porterianas. Porter (1996a;1996b) construiu sua teoria sobre competitividade de forma aderente ao modelo econômico neoliberal propagado pelo Consenso de Washington que estava sendo forjado no mesmo período.…”
unclassified
“…Acrescenta-se a crítica de que Porter (1996b) tem ações separadas do pensamento em que o foco se baseia apenas nos itens econômicos e quantificáveis, esquecendo os aspectos não quantificáveis em um processo não interativo reduzido a uma fórmula ou metodologia com uma lista de condições (MINTZBERG et al, 2010). Aktouf (2002) mostra-se ainda mais incisivo em relação ao modelo porteriano. Em seu artigo "Governança e pensamento estratégico: uma crítica a Porter", o autor enumera todos os pontos que considera refutáveis.…”
unclassified
“…Em seu artigo "Governança e pensamento estratégico: uma crítica a Porter", o autor enumera todos os pontos que considera refutáveis. Focando o modelo do Diamante Nacional, Aktouf (2002) alega que vantagem competitiva se tornou um dogma, um modelo que foi desenvolvido sem experiência verdadeira no mundo corporativo, sem embasamento nas teorias e estudos econômicos com um pensamento reducionista da mesma maneira como analisou Mintzberg et al (2010) …”
O objetivo deste artigo é explorar o modelo de Diamante Nacional de Porter. Começamos fazendo uma análise crítica ao conceito de competitividade implícito no modelo. A partir do conceito de competitividade é que podemos explorar os quatro componentes que formam o diamante avaliando criticamente o modelo de Porter e buscando entender suas limitações. A seguir analisamos os modelos existentes de ranqueamento de países e cidades, a partir de dois dos modelos mais conhecidos: o GCI - Global Competitiveness Index e o WCY – World Competitiveness Yearbook. Utilizamos também o ICUR – Índice de Competitividade Urbana, verificamos a aderência dos três rankings ao modelo de Porter e aproveitamos para discutir sobre o ágora mais adequado. Por fim, procuramos analisar os fatores mais destacados como de sucesso ou de fracasso de uma localidade nos países da América Latina. Neste sentido foram utilizados dados secundários extraídos de pesquisas internacionais realizadas nos últimos anos.
goal 10.2 that stated "by 2030 empower and promote the social, economic and political inclusion of all irrespective of age, sex, disability, race, ethnicity, origin, religion or economic or other status".
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.