“…Particularmente, a matrícula no ensino médio regular foi a situação educacional em 2009 de 91,7% dos menores de 15 anos residentes no Sul ou Sudeste. Por outro lado, nos três grupos regionais, os maiores de 17 anos estavam super-representados na EJA, matrícula que, além do alcance da idade legal, pode ser atribuída à condição de educação de segunda oportunidade associada à modalidade, usualmente procurada por aqueles que há anos abandonaram os bancos escolares e ofertada sob condições estruturais precárias Carnielli, 2003, Di Pierro, 2008 A matrícula na EJA, por sua vez, foi maior entre os alunos com mais de 17 anos, independentemente do tipo de escola frequentada, pois, respectivamente, 9,2% e 9,3% de mulheres de escolas públicas e privadas ingressaram no ensino médio pela modalidade. Possivelmente, essas constatações decorram de fatos debatidos na literatura: o "público típico" da EJA é formado por adultos em busca de oportunidades educacionais que lhes foram negadas pelo tempo; com efeito, é ampla a escolha desses jovens pela escola noturna, podendo os maus resultados ser atribuídos à precariedade dessa oferta educacional (Sousa;.…”