Diagnóstico situacional dos serviços ambulatoriais de reabilitação física do SUS em Salvador-Ba

Abstract

<p>Foi realizada uma análise diagnóstica de 12 serviços ambulatoriais de reabilitação física do SUS na cidade de Salvador-Bahia, a partir de entrevistas semiestruturadas; observação participante; consulta a dados do cadastro dos estabelecimentos e dos planos de saúde. A análise dos dados considerou elementos teóricos do planejamento estratégico-situacional à luz de “uma árvore de problemas”. Insuficiência na infraestrutura dos serviços (sobretudo de profissionais); ausência de serviços da rede própria, com influência direta sobre a organização da agenda e estabelecimento de fluxos assistenciais; barreiras geográficas ao acesso; ausência de estratégias de educação permanente; considerável demanda reprimida; problemas de repasses e suficiência de recursos financeiros; e importantes divergências entre dados cadastrais dos sistemas de informação e a realidade encontrada, foram os principais problemas evidentes. O presente diagnóstico evidenciou entraves importantes à garantia do direito à saúde em ações de reabilitação física, que transitaram da dimensão infraestrutural à político-institucional. Os resultados aqui evidenciados permitiram identificar a necessidade de análises políticas e estratégicas envolvendo a assistência em reabilitação em saúde. </p>

ACCESS TO ULTRASOUND EXAM: the reality of ultrasound in the city of Pelotas

“…These currently have a certain relevance in the health area. In Salvador, for example, image exams have a significant demand in the private sector, and, in addition to this, there is still a high demand for these providers by the public system, which seeks in them a way to reduce their queues 16 .…”

Repasses financeiros para serviços de fisioterapia ambulatorial no SUS em macrorregiões de saúde da Bahia

“…Isso porque o estado da Bahia possui uma vasta extensão territorial, com 417 sistemas municipais de saúde, das mais variadas características fiscais, políticas, econômicas e demográficas, e toda essa complexidade de cenário esbarra em estrutura insuficiente de pessoal para auditagem dos serviços, sobretudo de profissionais com pouco conhecimento técnico da fisioterapia. 19,20 Alguns autores destacam que as equipes de auditoria do SUS, além de serem ampliadas, devem dispor de profissionais dos diversos núcleos de saberes, sendo o fisioterapeuta imprescindível nesse processo, tendo em vista a avaliação e melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados. 21,22 O presente estudo identificou uma considerável quantidade de valores rejeitados pela gestão do SUS, refletindo possíveis incompatibilidades entre os atendimentos de fisioterapia cobrados pelos prestadores públicos e contratualizados, e os valores aprovados para financiamento dos serviços em todo estado.…”

“…Corroborando com essa afirmação, ainda que a procura por atenção fisioterapêutica venha crescendo, pesquisas evidenciaram que a oferta pública dos serviços tem sido reduzida. 19,26,27 Isso reflete em desigualdades regionais na oferta de assistência de fisioterapia no SUS e, possivelmente, impacta nos repasses financeiros.…”

Aplicação De Um Instrumento De Auditoria Em Serviços De Fisioterapia Do Sus Na Bahia

“…Adotou-se como estratégia metodológica o estudo de caso, cuja aplicação do instrumento de auditoria ocorreu em dois serviços de fisioterapia ambulatorial: um da rede própria e outro contratualizado para prestar atendimento ao SUS, em município do estado da Bahia. A desatualização de dados do CNES evidente em nosso estudo se assemelhou à realidade de serviços de fisioterapia na capital baiana 11 . Essa incompatibilidade entre os dados cadastrais e a realidade dos serviços ratifica a pouca confiabilidade desses dados para auditores e gestores do SUS utilizarem informações no processo de planejamento e controle social em saúde no âmbito local, o que contraria os propósitos da utilidade pública do CNES, enquanto canal de transparência para divulgação de informações sobre serviços de saúde.…”

“…A concentração de serviços de fisioterapia contratualizado pelo SUS no estado da Bahia desperta um sinal de alerta, já que a qualidade dos serviços pres- A ausência de uso de protocolos assistenciais de reabilitação nos estabelecimentos que estudamos ratificou que as ações desenvolvidas carecem de uma padronização das práticas assistenciais, inclusive relativa ao processo de referência e contrarreferência, entre os serviços ambulatoriais e os serviços de fisioterapia na atenção primária à saúde. Em estudos que obtiveram achados semelhantes aos nossos 11,17 , a não utilização de protocolos assistenciais de reabilitação comprometia a referência e contrarreferência, dificultando a comunicação entre os pontos de atenção fisioterapêutica, com desempenho insatisfatório no encaminhamento adequado dos usuários.…”