“…Além disso, é preciso considerar que, de modo geral, os estudos sobre a "condição juvenil", ao longo do século XX, inscreveram-se no interior de um espectro analítico que ia da percepção dos jovens como "motor de mudanças" da sociedade até como um grupo potencialmente perigoso ou ameaçador, em diferentes sentidos (Boghossian & Minayo, 2009;Sposito, 2000). Evidentemente, nenhum dos dois "polos" de interpretação pode ser comprovado como regra absoluta, e no Brasil encontramos, a partir dos anos 1960, uma importante tradição de estudos que tende a relacionar os jovens a ideais políticos transformadores e utópicos, oriunda, sobretudo, da análise do papel dos estudantes na luta contra a ditadura militar (Abramo, 1994;Mortada, 2009;Sposito, 2010 (Boghossian & Minayo, 2009;Borelli, Rocha, Oliveira, & Lara, 2009;Castro & Nascimento, 2013;Dayrell, Gomes, & Leão, 2010;Florentino, 2008;Fuks, 2011;Sposito, 2009aSposito, , 2009bSposito, , 2010…”