Dedico esta tese aos meus familiares. Com a estima que se vejam representados na figura de meu querido tio Valdemir, afetuosamente chamado de Ocrinho, a quem desafortunadamente só posso evocar em memória. Foi o primeiro membro da família a cursar um doutorado e o único a defender uma tese de livredocência, abrindo caminho para a minha geração, que chegou depois. Que este registro seja tributo às mais de três décadas empenhadas à docência superior, à inventividade e singularidade tão necessárias à pesquisa e à formação.
AGRADECIMENTOSUm doutoramento é uma etapa singular na vida de um estudante. Nessa singularidade perpassam uma miríade de acontecimentos polissêmicos que angustiam, que acalentam, que provocam e exaurem para no dia seguinte nos fazer levantar novamente e repensar o já transcorrido. É sobretudo conviver com a dúvida pascalina e uma angústia só vista em Fausto. Essa urdidura de sentidos se mescla à vida cotidiana, fora da Universidade, que também faz parte da vida do candidato ao doutoramento. É um aprendizado para além da pesquisa. Não raro, é uma tarefa ingrata articular a construção de um empreendimento científico com as demais temporalidades que confluem na vida do pesquisador.Digo isso com a certeza de não ser injusto. Eu me reconheço em, ao menos, três temporalidades que se confluem e integram o meu cotidiano. A primeira de ordem genealógica materializada pela figura da família. A segunda de origem laboral que se plasma no literalmente no dia a dia do trabalho. No meu caso, o da Redação de Jornalismo. A terceira se concretiza pelo próprio ambiente Universitário que tenho frequentado ininterruptamente na última década. O que elas têm em comum? Eu diria que muito pouco. Reside aí mais uma aporia na vida de um estudante de doutorado. Na medida em que cada uma dessas temporalidades têm uma lógica, uma dinâmica e, sobretudo, um tempo diferente que são muitas vezes incongruentes. Estabelecer presença e dedicação em cada uma delas exige uma entrega e muitas vezes não cabe entre ponteiros ou no calendário.As aporias em administrar as arestas que perpassam os ponteiros e o quadrante do calendário é que justificam estas páginas de agradecimentos. Isto é evocar aqueles momentos que estão marcados na memória e que, de alguma forma, culminam na tessitura deste trabalho.Em primeiro lugar, quero externar meu agradecimento e carinho à minha orientadora Profa. Dra. Maria Aparecida Ferrari pela acolhida em toda extensão da pósgraduação. Pela convivência ao longo de quase uma década de formação. Pelos momentos mais ímpares de orientação, docência e pela amizade que construímos nesse caminho sempre lado-a-lado. Obrigado, mestra, por caminhar comigo pelas inúmeras estradas secundárias que se materializam nesta tese. À Profa. Dra. Cremilda Medina que materializa muito das melhores práticas e tradições da Escola de Comunicações e Artes para nós que chegamos depois. Grato pelo diálogo, afeto e inspiração autoral ao longo do mestrado e doutorado. Momentos em que fui seu aluno. Ao Prof. Dr. José Ricardo Ayres pelo terno ...