Correlação entre autoestima e grau de severidade da disfunção temporomandibular em sujeitos controle e afetados

Abstract

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) apresenta associação com manifestações psicológicas. OBJETIVO: Os objetivos deste estudo foram correlacionar o grau de severidade da DTM e o nível de autoestima, e investigar diferenças relacionadas ao gênero. MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliados 57 sujeitos de ambos os gêneros, com idade média de 20,28 ± 2,07 anos, por meio do Índice Anamnésico de Fonseca (IAF) e da Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR). As correlações entre as variáveis foram avaliadas por meio do coeficiente de correlação de Spearman; as comparações entre os gêneros foram realizadas com a utilização do teste Mann-Whitney. Foi considerado um nível de significância de 5%. RESULTADO: Não foram encontradas diferenças para as comparações entre os gêneros no IAF (p = 0,79) e na EAR (p = 0,90). A EAR se correlacionou com o IAF em mulheres (p = 0,01); contudo, em homens, este resultado não ocorreu (p = 0,07). CONCLUSÃO: Conclui-se que as mulheres são mais propensas a apresentar distúrbios emocionais decorrentes de alterações na articulação temporomandibular do que os homens.

Associação entre a disfunção temporomandibular em pessoas com ansiedade

“…Entre os sintomas mais presentes estão a cefaleia, mialgia, ruídos articulares, trismo e desconforto, de modo que a dor interfere negativamente, afetando o bem-estar físico e emocional (Gauer & Semidey, 2015;Pereira, Campos & de Paula, 2021). Ainda podem haver sintomas de inapetência, fadiga, distúrbios no sono, dificuldades para trabalhar e perda na qualidade de vida gera, afetando negativamente a qualidade de vida geral (Kuroiwa et al, 2011;Resende et al, 2013;Silva, Dibai, Machado, Oliveira, & Navega, 2012).…”

Integração da Psicologia e Odontologia na DTM: revisão sistematizada

“…Considerando-se a íntima correlação das alterações emocionais com a DTM, vários estudos sugerem que ao mesmo tempo em que a DTM provém de fatores emocionais, a própria DTM promove um aumento em transtornos emocionais. Desta forma, a relação com o sexo feminino está correlacionada com as alterações da autoestima, onde averiguar rotinas de tratamento humanizado pode favorecer o desenvolvimento do próprio tratamento da disfunção 7 . Assim, os critérios de diagnóstico devem ser realizados com base no modelo biopsicossocial, onde embora as doenças de estresse mentais se mostrem exacerbadoras da disfunção, elas não são os únicos fatores da DTM.…”

Transtornos Psicológicos Associados À Disfunção Temporomandibular

“…Dentre eles podem-se citar fatores psicológicos cognitivos, comportamentais e afetivos ou emocionais. (16) O presente estudo se justifica devido à alta incidência de Disfunção (14) A maioria dos estudos da área apresentam resultados diferentes dos obtidos por precisamente, sejam a causa e consequência da DTM, apesar de tais fatores poderem causar a piora da dor, do desconforto, da irritação e levar à baixa autoestima. (13,18,19,20,21) Estudos demonstram uma associação entre DTM e zumbido/zumbido e depressão.…”

“…Dessa forma é difícil separar o quanto a ansiedade apenas ou a depressão apenas contribuem ou estão correlacionadas isoladamente à DTM. (4,8,16,24,26,27) Diante dos dados analisados entre os fatores psicológicos evidenciados através da sintomatologia associada ao acometimento da DTM, evidencia-se que supostamente a disfunção temporomandibular pode ser um processo de adoecimento psicossomático. (28) Em relação ao fato da DTM estar associada à doença psicossomática, é preciso compreender que a sintomatologia da doença é complexa, de origem multifatorial, e está muitas vezes associada aos fatores emocionais do paciente.…”