Colonialismo, capitalismo e segmentaridade: nacionalismo e internacionalismo na teoria e política anticolonial e pós-colonial

Abstract

Resumo: O objetivo deste texto é apresentar algumas reflexões teóricas e epistemológicas sobre o colonialismo, a colonialidade e a teoria da revolução. Para isso, dialogaremos criticamente com algumas teses dos estudos descoloniais/pós-coloniais. Entendemos que é necessário não somente aprofundar a crítica epistemológica, mas desenvolver instrumentos para análise sociológica do colonialismo e da situação pós-colonial. O texto mostra ainda como o internacionalismo, a teoria do imperialismo e da segmentaridade podem ajudar nessas tarefas. Palavras-Chave: colonialismo; teoria descolonial; anarquismo; imperialismo; segmentaridade. IntroduçãoO colonialismo como fenômeno antecede o capitalismo enquanto sistema mundial e o acompanha como "política" em suas diferentes fases de desenvolvimento. A expansão europeia do século XVI tem o colonialismo como seu componente central e são as relações de produção e acumulação primitiva e demais processos históricos engendrados nesse contexto que tornaram o capitalismo possível como "modo de produção". Por outro lado, o capitalismo estendeu as relações coloniais sobre o espaço e as formas sociais, atualizando-o como componente estrutural de seu próprio sistema e amplificando de forma nunca antes vista sua dimensão e significado, tornando-o onipresente na história das diferentes sociedades.Entretanto, a onipresença do colonialismo na história moderna e contemporânea não implicou necessariamente sua problematização. Ao contrário, em diversos momentos e em diversas concepções, ele foi naturalizado no campo literário, ideológico e científico. 1 A reflexão crítica sobre o colonialismo tem início de forma sistemática nas ciências sociais contemporâneas com as lutas revolucionárias e anticoloniais 2 e o processo de descolonização. Depois, o colonialismo tornar-se-ia um operador estratégico de uma fração da produção das ciências sociais (como ocorreu na antropologia) e, nos últimos anos, especialmente entre aquela denominada "estudos pós-coloniais". Entretanto, a abordagem dos estudos pós-coloniais e suas flexões críticas (como os da colonialidade dos saberes) encontram determinados impasses

Understanding the City Decision Making Process regarding Colonialism and Sociotechnical Imaginary on Smart Cities Initiatives

“…Even though until the advent of capitalism, a world-economy that had perpetuated itself for so many centuries, had not yet been maintained; Europe and its new mode of production and exploitation called colonialism broke with this logic [23]. The economic growth of Europe occurred from the 16thcentury onwards had its main element in Colonialism, where production, accumulation and other historical link ages composed of this conjuncture made it possible for capitalism to be developed as a modality of production [5]. In addition to obtaining economic and political advantages, colonialism was considered a worldview, which established the molds for the construction of social frameworks and resulted in the emergence of relations based on hegemonic forces conflicting with the forces that were contradictory to them [21].…”

Brazil Touristic: Effects of Sense and Conditions of Production in 2014 Fifa World Cup Brazil

“…O primeiro, expresso na sequência "o único setor que o país conseguiu aprontar em tempo pra Copa", faz referência ao Brasil enquanto país-colônia, desde sempre explorado e incapaz de realizar um grande evento como outras potências internacionais. O colonialismo implicou tanto na produção e ressignificação das segmentações internas das sociedades [étnicas, de gênero e geração] quanto na multiplicação das suas formas de discriminação (Ferreira, 2014). A visão colonizadora de que as mulheres indígenas seriam seres selvagens, despossuídas de direitos, agravou, ao longo do tempo, ainda mais a desigualdade de gênero crescente nesse período.…”

Formação Inicial E Continuada Do Professor Que Ensina Matemática Na Perspectiva Inclusiva: Um Mapeamento Sistemático Da Literatura Acadêmica

“…O campo da formação de professores para o ensino de Matemática, assim como nas demais áreas do conhecimento, foi forjado a partir dos interesses das classes dominantes, oriundos de uma sociedade colonialista arquitetada nos moldes do capitalismo (SÍVERES; SANTOS, 2013;FERREIRA, 2014;MICHELS, 2017;ALMEIDA;SOUZA, 2018;GIRALDO et al, 2020). Acompanhando a lógica regida pelo Estado, até as três primeiras décadas do século XX, a tarefa de ensinar Matemática estava a cargo de padres, freiras, professores leigos ou egressos das escolas normais, assim como profissionais ligados à área das exatas, como engenheiros .…”