RESUMO.O estudo investigou as concepções de 10 professores e seis diretores de escolas públicas do Ensino Fundamental de uma cidade do interior paulista, sobre a inclusão escolar. Foram feitas entrevistas e os dados transcritos foram submetidos à análise de conteúdo (e análise estatística-excluído) Docentes e diretores conceberam a educação inclusiva sob diferentes enfoques, com definições que ora se aproximavam dos princípios de integração, ora se referiam à orientação inclusiva. As principais dificuldades indicadas para a realização da inclusão referiram-se à falta de formação especializada e de apoio técnico no trabalho com alunos inseridos nas classes regulares. Como sugestões se destacaram: necessidade de orientação por equipe multidisciplinar, formação continuada, infra-estrutura e recursos pedagógicos adequados, experiência prévia junto a alunos com necessidades especiais, atitude positiva dos agentes, além de apoio da família e da comunidade. Os dados permitiram identificar vários aspectos necessários à efetivação da proposta inclusiva.Palavras-chave: inclusão escolar, concepções de professores e diretores. INCLUSIVE EDUCATION: THE CONCEPTS OF TEACHERS AND SCHOOL ADMINISTRATORSABSTRACT. This study investigated the concepts of 10 teachers and six school administrators, from public schools of São Paulo, regarding School Inclusion. The participants were interviewed and the data transcription was submitted to analysis of content. Teachers and principals pointed out several aspects on the Inclusive Education. Some of their concepts involved principles of school integration and others the school inclusion itself. The participants expressed some difficulties to make the Inclusive Education happen, such as, lack of professional graduation and technique support to work with students in regular classrooms. Multidisciplinary staff support, additional in-service training, adaptive school structures and teaching material resources, experience in teaching students with special needs, positive attitude from educators toward inclusion, as well as family and community assistance, were the suggestions provided. The results allowed the identification of the necessary aspects to accomplish the Inclusive Education.Key words: School inclusion, teacher concept, school administrator concept.* Psicóloga, doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica-PUC, Campinas.Nas últimas décadas e mais especificamente a partir da Declaração de Salamanca, em 1994, a inclusão escolar de crianças com necessidades especiais no ensino regular tem sido tema de pesquisas e de eventos científicos, abordando-se desde os pressupostos teóricos político-filosóficos até formas de implementação das diretrizes estabelecidas na referida declaração.Entre os diversos enfoques pesquisados está o que envolve as opiniões de docentes e demais profissionais da comunidade escolar sobre a proposta inclusiva e sua participação neste tipo de projeto. Uma vez que professores e diretores apresentam funções essenciais na estrutura e no funcionamento do s...
RESUMOEste estudo visa apresentar e discutir uma experiência de parceria entre um serviço de Psicologia Escolar e uma escola pública de Ensino Fundamental na efetivação do projeto político-pedagógico de caráter emancipador. Participaram desta investigação 10 professoras e equipe gestora. Foram feitas observações, registros em diários de campo e análise documental, segundo um modelo de pesquisa participante. Os resultados obtidos demonstraram que: a escola conseguiu criar espaços permanentes e institucionalizados de discussão e reflexão sobre o projeto político-pedagógico, existiram algumas dificuldades no processo e diferentes formas de participação das professoras (imobilismo, crítica e ação) diante dos problemas encontrados. A atuação do psicólogo buscou favorecer a conscientização das educadoras acerca das condições de opressão, mas o grupo não reconheceu a sua força política como instrumento de mudança da realidade.Palavras-chave: psicologia escolar, projeto político-pedagógico, professores, educação básica. RESUMENEste estudio tiene como objetivo presentar y discutir una experiencia de colaboración entre un servicio de psicología escolar y una escuela primaria pública durante la ejecución de un proyecto político-pedagógico emancipatorio. Participaron de la investigación 10 profesores y el equipo de la gestión. Se realizaron observaciones, registros en diarios de campo y análisis de documentos, de acuerdo con un modelo de investigación participativa. Los resultados mostraron que: la escuela ha logrado crear espacios permanentes y institucionalizados para la discusión y reflexión sobre el proyecto político-pedagógico, hubo algunas dificultades en el processo, y también hubo diferentes formas de participación de los profesores (inmovilidad, crítica y acción) sobre los problemas encontrados en la escuela. La práctica del psicólogo tuvo por objetivo fomentar la conciencia entre los educadores sobre las condiciones de opresión, pero el grupo no reconoció su fuerza política como un instrumento de cambio de la realidad.Palabras clave: psicología escolar, proyecto político pedagógico, profesores, educación básica. AbSTRACTThis study aims to present and to analyze the development process of a political-pedagogical project according to an emancipatory perspective, based on partnership between a School Psychology service and an Elementary Public School. 10 teachers and management team participated of this study. The procedures used included observations, field notes from a research diary and documental analysis, according a model of participatory research. The results showed that: the school has established a continuous evaluation of their political-pedagogical project; some difficulties were observed during the execution of this project, and different ways of the teachers' participation (immobilization, critical opinions and actions) concerning the problems were observed. The psychologist's practice was to develop the teachers' awareness about the oppressive conditions, but the group did not recognize their political ...
Este estudo visou compreender como alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Campinas percebiam o papel do psicólogo na escola. As informações foram obtidas por meio de desenhos e escrita para 127 alunos de 1ª a 4ª séries e de respostas a duas perguntas sobre a atuação do psicólogo para 113 alunos de 5ª a 8ª séries. Os resultados apontaram que, em geral, os alunos perceberam o psicólogo como um profissional que conversa sobre a vida e fornece apoio à comunidade escolar, atuando como mediador nas interações sociais ocorridas nesse contexto. As expectativas dos alunos de 5ª a 8ª séries acerca do trabalho do psicólogo envolveram: orientação, ajuda à escola e seus agentes na resolução de problemas e participação ativa no cotidiano escolar. Foi evidenciada uma tendência positiva quanto à inserção do psicólogo na escola na visão dos estudantes, mesmo com limitações na compreensão do seu papel.
A autolesão não suicida na adolescência tem recebido atenção de pesquisadores em virtude do aumento de casos relatados nas escolas e mídias sociais, porém, o tema ainda é pouco focalizado na produção científica em Psicologia Escolar. Este artigo configura-se como uma revisão narrativa que visa abordar as possibilidades da atuação do psicólogo escolar frente à temática, buscando também contribuir para o conhecimento nessa área a partir da perspectiva crítica. Inicialmente, abordamos alguns aspectos acerca da autolesão não suicida na adolescência presentes na literatura e sua relação com o campo da Psicologia Escolar. Em seguida, apresentamos uma breve contextualização da referida área e a perspectiva crítica de atuação do psicólogo escolar. Os estudos apontam várias possibilidades de ação do psicólogo relativas ao comportamento autolesivo não suicida no contexto educativo, abrangendo ações dirigidas a alunos, famílias e educadores. Discute-se que a autolesão em adolescentes precisa ser compreendida como sendo configurada a partir dos condicionantes histórico-sociais que permeiam a experiência do que é ser adolescente na sociedade atual e torna-se importante que o psicólogo escolar atue considerando as conjunturas presentes na atualidade e que sua ação se volte para finalidades transformadoras.
Este trabalho visa a apresentar uma experiência do serviço de psicologia presente em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de Campinas. A atuação envolveu a discussão de casos envolvendo crianças em situação de risco psicossocial, a ação em conjunto com órgãos públicos de proteção a crianças e suas famílias, conversas com alunos indicados pelos professores no conselho de classe, a participação nas reuniões de trabalho docente, dentre outras atividades. Conclui-se que a atuação do psicólogo escolar deve estar voltada para o contexto educativo-comunitário, tendo em vista a criação de espaços coletivos de discussão sobre os problemas da escola e da comunidade e a promoção da autonomia e da emancipação dos indivíduos.
RESUMO. Existem várias maneiras de se conceberem os objetivos da pré-escola e a forma como o professor deve conduzir as atividades. Como tais concepções se articulam na prática? Durante o ano letivo de 1996, observamos as atividades de uma turma de 22 pré-escolares (4 a 6 anos) da rede particular de ensino, registrando os procedimentos, os conteúdos e a duração de cada uma delas. Atividades estruturadas ocuparam cerca de metade do tempo em todos os meses. Dentre estas, as de cópia; pintura, recorte e colagem, desenho livre e dirigido foram as que ocuparam mais tempo. Conteúdos relacionados à escrita e à sociedade foram enfatizados, em detrimento daqueles relacionados à Matemática e, especialmente, à Natureza. Inferimos destas práticas uma concepção de pré-escola cujo objetivo é preparar para a alfabetização, concebida como a transmissão de um código de transcrição. A ênfase nos aspectos gráficos, no ensino das letras e números dificulta a inclusão desses aspectos em contextos de comunicação real.ABSTRACT. There are several forms to conceive preschool aims and the manners that the teacher should conduct pedagogical activities. How such conceptions are articulated in practice? During one academic year we observed on a daily basis the activities developed by a group of 22 preschoolers (ages 4 to 6) attending a private school; the procedures used in, the contents of, and the duration of each activity were recorded. Structured activities occupied about half of the time each month. Among structure activities, copying, painting, cutting and pasting, free-style and directed drawing occupied most of the time. With regard to content, those related to Writing and Social Studies were given more emphasis than those related to Math and Sciences. We infer from those practices a conception of preschool whose goal is to prepare to literacy, which is conceived as transmission of a transcription code. The emphasis on graphic aspects in teaching letters and numbers hampers their inclusion in real communicative contexts, wasting the time that could be assigned to the teaching of Sciences.
Resumo Este artigo é resultado de uma pesquisa que investigou os sentidos atribuídos por professoras de uma escola pública no interior paulista, sobre a política de recuperação intensiva. Criada em 2012, na rede estadual de ensino de São Paulo, a proposta consiste na criação de classes para trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem e defasagens escolares. Este artigo relata como a política foi implementada: o trabalho pedagógico, os desafios encontrados e as ações adotadas para superá-los. Pautado na teoria histórico-cultural, foi realizado um estudo de caso, com a utilização da observação participante, diários de campo e entrevistas. Os resultados obtidos apontaram que a política de recuperação intensiva foi percebida de forma positiva no que tange ao seu objetivo, mas existiram críticas especialmente sobre a necessidade de realizá-la logo que sejam evidenciadas dificuldades de aprendizagem e não em anos posteriores. Os desafios encontrados envolveram aspectos como heterogeneidade de dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, conflitos com a equipe de gestão, descontinuidade no suporte educacional ofertado pelos professores auxiliares em virtude de alta rotatividade. Foram evidenciadas formas de resistência e ações individuais e em grupo que visaram a construir estratégias para lidar com os problemas encontrados no processo. Conclui-se que a política de recuperação intensiva, tal como está configurada, não consegue alcançar as suas finalidades, o que aponta a necessidade de se analisar criticamente os múltiplos fatores envolvidos na produção e na perpetuação do não aprender na escola e o modo de operacionalização dos sistemas de recuperação da aprendizagem.
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