A partir do cruzamento interespecífico entre Cucumis longipes e cultivares de Cucumis anguria, Koch & Costa (1991) iniciaram um programa de melhoramento de maxixe conseguindo, entre outras características, quadruplicar a massa do fruto. Após alguns ciclos de seleção massal foram obtidas várias dezenas de linhagens de maxixe que diferem do tipo comum pela ausência de espiculosidade, maior tamanho de fruto e formato de folha não lobulada, semelhante ao pepino. Essas linhagens foram avaliadas (Modolo et al., 1999) e selecionadas, dando origem a um novo tipo que foi denominado Maxixe Paulista. Modolo & Costa (2001) ressaltam que a característica que melhor caracteriza as diferenças entre as linhagens do Paulista e do tipo Comum é a massa média dos frutos. As linhagens de Maxixe Paulista apresentam massa média 66 a 91% maior que o Comum e, apesar de não apresentarem diferenças entre si em produção e massa média de frutos, cada linhagem possui características peculiares. Dentre estas se pode destacar a formação lenta de sementes, a maior espessura de polpa dos frutos, a prolificidade e a menor dormência de sementes. Estas linhagens precisam ser novamente avaliadas, bem como adequadas a novas tecnologias de produção, como em ambiente protegido, empregando poda e tutoramento.Vários autores destacaram as vantagens do cultivo em ambiente protegido (Oliveira et al, 1997;Andriolo, 1999;Brandão Filho & Callegari, 1999;Martins, 2000). Dentre elas se pode citar aumento de produtividade, sendo para algumas culturas de duas a três vezes maior que a do cultivo convencional; colheitas na entressafra, diminuindo a sazonalidade de produção e regularizando o abastecimento; maior precocidade na colheita; melhor qualidade dos produtos. Essa atividade propicia o cultivo fora de época e em locais onde as condições climáticas são limitantes. Para culturas mais exigentes em temperatura, como é o caso do maxixe, a utilização de ambientes protegidos não restringe a época de plantio, uma vez que temperaturas mais altas podem ser obtidas mesmo em épocas ou regiões com temperatura amena. Entretanto, o intenso uso de uma pequena área no cultivo protegido pode gerar problemas de salinização e de ordem fitossanitária. Segundo Trani et al. (1997) devido a estes problemas, vem-se observando uma expansão menos acentuada do cultivo protegido no estado de São Paulo. O cultivo em substrato com fertirrigação pode ser uma alternativa para superar esses problemas (Berjon & Murray, 1997;Carneiro Júnior et al., 2002). As principais vantagens dessa modalidade de cultivo são: manejo mais adequado da água, evitando a umidade excessiva em torno das raízes; fornecimento de nutrientes em doses e épocas apropriadas; redução dos riscos de salinização do meio radicular e da ocorrência de problemas fitossanitários (Andriolo et al., 1999).Para se obter melhor resposta no manejo em ambiente protegido, é imprescindível conhecer as condições necessá-rias para que a planta tenha um bom crescimento e desenvolvimento. As interações entre planta, ambiente e práti-cas fitotécn...