Amplas e diversas questões relacionadas aos temas gênero, corpo e sexualidade permeiam o ambiente escolar, ressignificando conceitos e normas. Este trabalho resulta de uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de analisar quais discursos são produzidos por docentes e discentes acerca das relações de gênero e da diversidade sexual no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe. A abordagem metodológica foi influenciada pelos estudos pós-estruturalistas, utilizando como estratégia para coleta de dados, entrevistas com seis docentes (três do sexo masculino e três do sexo feminino), seis estudantes (três do sexo masculino e dois do sexo feminino) e uma psicóloga. Sugere-se que os discursos biológico, religioso, pedagógico, científico, moralista atravessam as falas dos participantes da pesquisa, produzindo discursos heteronormativos e reguladores sobre as relações de gênero e sexualidade. Apesar da existência do desenvolvimento de algumas atividades relativas às temáticas na instituição, poucas experiências subversivas as normas de gênero são percebidas nos discursos.