Abstract:AMAZÔNIA: sociedade, fronteiras e políticasEste dossiê -Amazônia: sociedade, fronteiras e políticas -apresenta, no conjunto formado por seis artigos, uma análise crítica dos processos de dominação e dos efeitos nas estruturas locais das políticas desenvolvimentistas. Reúne leituras baseadas em caminhos analíticos, enfoques metodológicos e corpus disciplinar diversos, explorando a revisão conceitual a partir de experiências de campo, da pesquisa etnográfica aos estudos mais gerais. São textos que dialogam entre… Show more
“…Essa forma de desenvolvimento gerou mudanças significativas na configuração do espaço da região e modificou estruturalmente a forma secular de ocupação, a qual se destacava por conter baixa densidade demográfica e por praticar o extrativismo como forma de subsistência e pela circulação fluvial mais comunitária (Castro, 2012;Becker, 2009;Sathler et al, 2009). Segundo Confalonieri (2005) concluíram que os processos de desenvolvimento realizados na região Amazônica causaram alterações ambientais com graves riscos à saúde humana.…”
A Amazônia brasileira encara uma série de riscos que poderão causar devastações irreparáveis ainda neste centenário, se limites para o manejo da biodiversidade não forem estabelecidos com certa urgência. Esses riscos estão relacionados, principalmente com o desmatamento, que elimina os recursos florestais de forma direta para formação de outors usos. O presente trabalho buscará avaliar o desflorestamento na Aerovia de Boa-Vista a Brasília, que é uma das vias mais importantes da região amazônica, pois se refere a ligação entre a capital do estado mais setentrional do Brasil (Amapá) ao centro do Brasil (Distrito Federal). Para elaboração da aerovia, o procedimento realizado foi criar o shape a partir das informações da localização das capitais (Boa Vista, Manaus e Brasília) e da trajetória da aerovia. Posteriormente foi criado o raio de 5 Km por meio da ferramenta vetorial geoprocessamento buffer. Para o desmatamento do MapBiomas a base de dados de incremento de desmatamento foi extraída para os anos 2008 até 2018. A partir dos dados analisados identifica-se que após 2008 houve uma queda acentuada nas taxas de desmatamento que se mantiveram até 2017, as ações de controle articuladas junto as ações transversais de várias instituições como o Programa Prevenção e Combate a Desmatamentos, podem ter direcionado para essa queda nas taxas. Percebe-se por meio dos dados de desmatamento para o período de 2008 a 2018 que o estado que apresentou maior área desmatada foi o Pará e em segundo lugar o Mato Grosso. O estado com menor índice de desmatamento foi o Amazonas, mesmo sua área sendo muito maior que a do estado de Roraima. Em relação aos estudos futuros, destaca-se a modelagem de cenários futuros para a região da aerovia identificando situações de maior e menor desmatamento devido à presença ou ausência de políticas públicas ambientais.
“…Essa forma de desenvolvimento gerou mudanças significativas na configuração do espaço da região e modificou estruturalmente a forma secular de ocupação, a qual se destacava por conter baixa densidade demográfica e por praticar o extrativismo como forma de subsistência e pela circulação fluvial mais comunitária (Castro, 2012;Becker, 2009;Sathler et al, 2009). Segundo Confalonieri (2005) concluíram que os processos de desenvolvimento realizados na região Amazônica causaram alterações ambientais com graves riscos à saúde humana.…”
A Amazônia brasileira encara uma série de riscos que poderão causar devastações irreparáveis ainda neste centenário, se limites para o manejo da biodiversidade não forem estabelecidos com certa urgência. Esses riscos estão relacionados, principalmente com o desmatamento, que elimina os recursos florestais de forma direta para formação de outors usos. O presente trabalho buscará avaliar o desflorestamento na Aerovia de Boa-Vista a Brasília, que é uma das vias mais importantes da região amazônica, pois se refere a ligação entre a capital do estado mais setentrional do Brasil (Amapá) ao centro do Brasil (Distrito Federal). Para elaboração da aerovia, o procedimento realizado foi criar o shape a partir das informações da localização das capitais (Boa Vista, Manaus e Brasília) e da trajetória da aerovia. Posteriormente foi criado o raio de 5 Km por meio da ferramenta vetorial geoprocessamento buffer. Para o desmatamento do MapBiomas a base de dados de incremento de desmatamento foi extraída para os anos 2008 até 2018. A partir dos dados analisados identifica-se que após 2008 houve uma queda acentuada nas taxas de desmatamento que se mantiveram até 2017, as ações de controle articuladas junto as ações transversais de várias instituições como o Programa Prevenção e Combate a Desmatamentos, podem ter direcionado para essa queda nas taxas. Percebe-se por meio dos dados de desmatamento para o período de 2008 a 2018 que o estado que apresentou maior área desmatada foi o Pará e em segundo lugar o Mato Grosso. O estado com menor índice de desmatamento foi o Amazonas, mesmo sua área sendo muito maior que a do estado de Roraima. Em relação aos estudos futuros, destaca-se a modelagem de cenários futuros para a região da aerovia identificando situações de maior e menor desmatamento devido à presença ou ausência de políticas públicas ambientais.
“…Portanto, o que se pode predizer é que as maiores dificuldades continuam, ainda, sendo os planos de gerenciamento socioeconômico e ambiental da região, que não conseguem prever os verdadeiros impactos e suas devidas densidades. Competindo aos governos criar dispositivos que possam aliar as demandas regionais ás diversas identidades ali presentes, no intuito de compreender os atores e seus diversos elos regionais, levando em consideração a formação social, política e econômica (CASTRO, 2012).…”
“…Desde então, a Amazônia se transformou em um espaço propício às produções agrícolas para a exportação. Ela é muita influenciada pelo mercado internacional e pela economia mundial (CASTRO, 2012). A região atrai inúmeros atores, especialmente grandes empresas privadas, interessadas na produção de commodities, o que gera uma forte competição pelo espaço e conflitos com atores que defendem outros modelos de desenvolvimento (agroextrativismo, agroecologia entre outros).…”
Este artigo objetiva analisar e entender, em um contexto de globalização, as interações entre o local e o global que permitam uma melhor autonomia dos territórios locais. Neste objetivo, estudou-se um território da Amazônia Oriental, considerado rural e isolado, mas integrado nos processos de globalização: Mocajuba-Pa. Uma análise de fluxos dentro do município e entre este e o exterior, assim como dos diferentes projetos de desenvolvimento local foi conduzida. Esta análise mostrou os impactos no local das influências globalizadas, tais como a homogeneização dos modelos de consumo e a fragmentação do território. No entanto, destacou-se também iniciativas locais e as suas conexões com o global, enfatizando um local que interage com várias escalas. Essas experiências, baseadas na articulação das diferentes escalas e atores, destacam-se por apresentar potencialidades para uma maior autonomia do território.
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