Acadêmicos de medicina e suas concepções sobre "ser Médico"

Oliveira, Rosângela Ziggiotti de; Gonçalves, Maria Bernadete; Bellini, Luiza Marta

doi:10.1590/s0100-55022011000300003

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“…Há uma necessidade por aprender medicina, em se tornar médico, que ao final do curso privilegia a aquisição e o acúmulo de informações ante uma aplicação imediata da prática, focada em diagnósticos, condutas e terapêuticas 11 . O que se percebe é uma mudança ao longo do curso das motivações de escolha e das percepções sobre o que é ser médico, dentro de um processo de modulação da identidade profissional, às vezes distante das expectativas iniciais do curso, por causa da própria dinâmica e exigência profissional 11,12 .…”

Section: ³ (P 65)unclassified

Corpos Anatomizados e Educação Médica: Identificando Intersecções entre Cultura, Formação e Prática Médica

Rodrigues

Batista

Vecchia

2020

Rev. bras. educ. med.

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Resumo: Introdução: A prática médica é atravessada por um conjunto de ideais, valores e comportamentos compartilhados e transmitidos entre as especialidades e os diferentes perfis profissionais, exercendo influência significativa durante a graduação, especialmente por um currículo oculto. Método: Buscou-se levantar e caracterizar intersecções entre cultura, formação e prática médica no processo de anatomização do corpo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores médicos de um curso de Medicina. Resultado: São apresentadas as discussões geradas a partir da análise do corpo anatomizado como habitus e suas repercussões para o entendimento da influência da cultura médica na formação. Conclusão: A anatomização do corpo humano está diretamente ligada ao modelo de saúde biologicista, e a perspectiva da saúde integral depende de mudanças na forma de se encarar e ensinar o corpo.

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Section: ³ (P 65)unclassified

Corpos Anatomizados e Educação Médica: Identificando Intersecções entre Cultura, Formação e Prática Médica

Rodrigues

Batista

Vecchia

2020

Rev. bras. educ. med.

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“…Por décadas a formação/prática médica corroborou para o processo higienista em curso no Brasil 29,30 . Diversos crimes contra a humanidade foram sustentados por teorias defendidas ou criadas pela medicina 21 , como foi o caso do etnocentrismo, que elevou falsamente o povo branco ao patamar de raça superior e financiou séculos de escravidão e o surgimento de regimes totalitários, como o nazismo alemão.…”

Section: Justificativaunclassified

“…A memória é crucial para a manutenção da identidade, servindo como um instrumento poderoso de emancipação ou subalternação 3,18 . Se a memória de um povo condiciona a de outros povos, que não o que dela precisa para a construção identitária, é sinônimo que há opressão de um grupo sobre outro, e neste caso os aspectos socioculturais passam a ser narrados a partir da percepção criada a favor de uma única narrativa 3,21 .…”

Section: Quem Constrói E Narra As Memórias Silenciadas?unclassified

O serviço de saúde antirracista: instrumentos de dessilenciamento racial e o ensino-serviço médico libertador

Caetano

Oliveira

Carvalho³

et al. 2020

HRJ

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Este trabalho objetiva a compreensão dos efeitos de ações antirracistas na formação/prática médica, mediante interação com atores e cenários populares assistidos por serviços de saúde em uma zona rural do estado de Minas Gerais. Dada a partilha dos saberes e inclusão do conhecimento popular, busca-se fomentar a reflexão crítica e possibilitar a construção coletiva de mudanças antirracistas no fazer médico. A criação e oferta da matéria optativa denominada “Instrumentos da Medicina Antirracista”, para graduandos em medicina e residentes de clínica médica apresenta-se como resposta às práticas racistas e ao silenciamento étnico racial. Para o resgate epistemológico da oralidade, as abordagens giraram no sentido do campo epistêmico pós-estruturalista e etnográfico, alinhando ações, teorias e práticas antirracistas na formação médica inicial e continuada, abrangendo o campo do ensino-serviço com a narrativa teórico-prática. Os resultados obtidos das intervenções realizadas reforçam a necessidade de ampliação de intervenções curriculares e a readequação da educação-serviço, transformando-a em instrumento contra as desigualdades sociais e favorecendo o desenvolvimento identitário.

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“…É hora de nosso herói entregar-se à responsabilidade que assumiu quando atendeu ao Chamado. As competências adquiridas durante o curso nas provas anteriores até este ponto deixaram-no preparado para enfrentar este momento 20,21 . Após o desafio do internato, a recompensa do estudante em sua jornada é, sem dúvida, a graduação.…”

Section: Transformaçãounclassified