A tecnologia assistiva no Ensino Superior: reflexões sobre seu uso para alunos ouvintes e surdos

Abstract

RESUMO: Sabe-se que as tecnologias assistivas buscam reduzir as limitações físicas, podendo romper barreiras e aproximar a comunicação entre sujeitos surdos e ouvintes. Tendo como preocupação os alunos surdos no ensino superior, este trabalho visa a descrever como a cibercultura pode ser um elemento desencadeador de produção de tecnologias assistivas para os alunos surdos. Este trabalho é de cunho bibliográfico, elaborado mediante leitura sistemática de livros e artigos, ressaltando os pontos abordados pelos autores. Inicialmente, serão apresentadas considerações sobre as tecnologias assistivas presentes na sociedade e suas relações com os sujeitos. Em um segundo momento, os conceitos de cibercultura e ciberespaço serão explicitados na intenção de esclarecê-los para, posteriormente, relacioná-los às tendências e evoluções das tecnologias assistivas no Brasil/mundo. Dentre as tecnologias assistivas existentes, este trabalho prioriza as tecnologias da informação e comunicação voltadas para auxiliar a comunicação entre sujeitos surdos e ouvintes presentes nas instituições de ensino superior. Os resultados descrevem que o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) pelas pessoas surdas ou com deficiência é um recurso que desencadeia transformações sociais, além de mudanças na forma como o conhecimento é construído. Conclui-se que os recursos tecnológicos saciam parte das limitações oriundas da deficiência auditiva, minimizando as barreiras na comunicação entre ouvintes e surdos. PALAVRAS-CHAVES: Cibercultura. Tecnologias assistivas. Surdos e ouvintes. Ensino superior.

Tecnologia Assistiva no contexto dos Cursos de Biblioteconomia do Norte e Nordeste do Brasil

“…De acordo com Seeger, Henn e Morgenstern (2020), essas ferramentas só podem ser bem aproveitadas se os envolvidos as usarem como meio de interação, buscando aquisição de habilidades. Em complemento, Toso et al (2018) afirmam que para que esses recursos tecnológicos sirvam como auxílio no processo de inclusão, as pessoas precisam se interessar pela busca do aperfeiçoamento, a fim de que aprendam a manuseálos.…”

“…Em relação à importância de o tema ser trabalhado em sala de aula, as respostas incluem tópicos como inclusão, democratização do conhecimento, preparação do estudante ao mercado de trabalho, estímulo ao desenvolvimento tecnológico e social, e conscientização quanto a diversidade. Tudo isso é importante para que o estudante esteja apto para buscar as informações necessárias ao exercício de seu senso crítico e formação de opinião, bem como fazer intervenções no seu meio, como discorrido por Toso et al (2018).…”

“…No que diz respeito as dificuldades encontradas ao abordar o tema, a maioria das respostas envolve questões práticas, destacando-se a falta de recursos de Tecnologia Assistiva disponibilizados pelas instituições, o que pode ser revertido por meio do uso de recursos gratuitos. Destacou-se ainda a falta de capacitação dos profissionais, mas como salientado por Toso et al (2018), é importante que as pessoas tenham interesse para buscar o aperfeiçoamento para o manuseio destes recursos, adquirindo, assim, as habilidades necessárias.…”

“…Mais de 60% dos participantes que ministram disciplinas que contemplam a temática acreditam que seja necessário ter uma disciplina específica sobre Tecnologia Assistiva, o que mostra a consciência destes profissionais sobre a importância do tema, contando-se com mais tempo para as discussões. A partir de uma disciplina específica é possível aproveitar melhor os elementos que surgem para a produção de novos conhecimentos (TOSO et al, 2018), contribuindo deste modo para o desenvolvimento desta área.…”

Capacitação Tecnológica de Estudantes com Deficiência: Preparação para o Mercado de Trabalho

“…Desse modo, utilizar tais artefatos como uma forma de possibilitar que pessoas com deficiência realizem determinadas tarefas, é fundamental nos dias de hoje. Falamos aqui das tecnologias digitais assistivas (TDA), as quais são assim descritas por ter objetivo de facilitar e/ou possibilitar, a pessoas com deficiência, determinadas atividades (Nunes et al, 2017, Toso, Cerutti, Grandi & Cruz, 2018.…”