A evasão nos cursos de Engenharia e a sua relação com a Matemática: uma análise a partir do COBENGE

Abstract

<jats:p>Este artigo insere-se na linha de pesquisa Elementos e Metodologia do Ensino de Matemática e tem como objetivo analisar os trabalhos sobre o ensino de Matemática que privilegiam aspectos relacionados à evasão nos cursos de Engenharia apresentados no Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE), no período compreendido entre os anos de 2000 a 2014. A escolha por analisar os trabalhos a partir do ano de 2000 ocorreu, principalmente, devido ao fato de que, nesse momento, o número de matrículas dos cursos superiores aumentou mais de 150,0%. A abordagem metodológica que subsidiou o estudo foi quantitativa por meio de análise de conteúdo, contudo, a imersão nos trabalhos do COBENGE deu-se por meio de um estudo sobre o estado da arte. A investigação revelou que existe uma forte relação entre evasão e reprovação nas disciplinas do Ciclo Básico, com destaque para a disciplina Cálculo Diferencial e Integral.&#x0D; Palavras-chave: Cálculo Diferencial e Integral. Evasão nos cursos de Engenharia. Ensino Superior. Educação Matemática.</jats:p>

Retenção e Evasão em Cursos de Engenharia: uso de tecnologia para proporcionar a Aprendizagem Social

“…Embora soluções tenham sido propostas para o combate da evasão nas etapas iniciais dos cursos de Engenharia Brasileiros (Almeida e Godoy, 2017;Matta, Lebrão e Heleno, 2017; Junior e Nascimento, 2017), poucas publicações apresentam resultados efetivos das propostas apresentadas, provavelmente, devido ao fato de se tratarem de ações corretivas desenvolvidas após a matrícula no curso, durante um período muito curto, sem o suporte de tecnologia ou utilizando tecnologia apenas para fins de coleta de dados e diagnóstico. Também é possível observar, que muitas das propostas apresentadas se concentram no domínio cognitivo, sem levar em conta aspectos comportamentais, como hábitos de estudos e aspectos emocionais, tais como, a adaptação e acolhimento ao ensino superior.…”

“…Entre as principais causas da evasão, é possível citar a deficiência na formação básica dos estudantes (Godoy e Almeida, 2017), o que ocasiona reprovações e falta de motivação nos Ciclos Básicos dos cursos. Em estudo de caso no curso de Engenharia Elétrica, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Barboza e Mezzano (2011), apontam os motivos como sendo: dificuldade de conciliação do curso com a necessidade de trabalho; desinteresse pelo curso; falta de didática e apoio dos professores; falta de infraestrutura e de disponibilidade de horários; além da falta de preparo anterior ao ensino superior.…”

O uso de modelos matemáticos na engenharia para discussão de questões sociocientíficas: variáveis sociais e humanas

“…Pesquisas mostram que a reprovação nas disciplinas básicas pode estar vinculada a não conclusão do curso. (GODOY; ALMEIDA, 2017;GOMES, 2009;GOMES, 2015;GUNTHER, 2016).…”

A Experiência da Monitoria de Algoritmos e Programação em Cursos de Engenharia na Perspectiva dos Monitores

“…Essa realidade é presenciada em diferentes cursos, mas sobretudo nas engenharias, com os estudantes novatos, os quais precisam se adaptar à universidade, com suas características e particularidades, como também aos novos componentes curriculares e suas diversidades [38]. Essa adaptação está longe de ser trivial, por variados motivos, tais como as experiências pessoais anteriores, as fragilidades na escolaridade anterior, as dificuldades de relacionamento, de interpretação de problemas, de raciocínio lógico matemático, de abstração e outros [29,41]. Disciplinas que naturalmente estão envolvidas com o pensamento computacional, como a programação de computadores, são exemplos típicos de disciplinas que exigem a capacidade de interpretação e a abstração por parte dos discentes [43,54].…”