A diversidade através da história: a inserção no trabalho de pessoas com deficiência

Abstract

O presente artigo, de natureza teórica, tem por objetivo contribuir com os estudos de diversidade que se debruçam sobre a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O pressuposto adotado foi de que a forma de interpretação compartilhada pelas pessoas sobre a deficiência é um fator explicativo importante para a gestão da diversidade, devido ao seu impacto nas ações e escolhas das pessoas. Utilizou-se método de análise histórica das principais invariantes ou padrões de comportamento que permanecem nas visões compartilhadas sobre a deficiência ao longo do tempo. A partir da análise da literatura estrangeira e nacional foram identificadas seis matrizes de interpretação sobre a deficiência que podem ser utilizadas como instrumentos heurísticos para a compreensão da diversidade nas organizações: a matriz da subsistência/sobrevivência; a matriz da sociedade ideal e função instrumental da pessoa; a matriz espiritual; a matriz da normalidade; a matriz da inclusão social e; a matriz técnica.

O Trabalho de Colaboradores com Deficiência nas Empresas: com a Voz os Gestores de Recursos Humanos

“…No entanto, Carvalho-Freitas e Marques (2007) apontam que, sendo esta uma matriz de interpretação recente, precisará de tempo para ser efetivamente incorporada aos processos sociais e laborais. Atualmente, esta articulação tem se configurado como um "[...] deslocamento da questão da diversidade como problema social para se transformar em um problema técnico a ser gerenciado como um recurso dentro das organizações de trabalho, o que se denomina de gestão por diversidade" (CARVALHO-FREITAS;MARQUES, 2007, p. 72). Torres e Pérez-Nebra (2014, p. 536) concordam e complementam: "[assim] observa-se um crescente movimento de organizações no sentido de adotar programas de gestão da diversidade e, em menor grau, de inclusão como parte das suas estratégias organizacionais".…”

What is the relationship between diversity and performance? A study about the relationship between the proportion of people with disabilities in the productivity of Brazilian firms

“…Even in developed countries with stronger formal and informal institutions, social interactions are marked by implicit stigma, stereotypes and prejudices, making contact between able-bodied people and people with disabilities just as fragile as in developing countries (DiTomaso, Post & Parks-Yancy, 2007). In effect, social interactions must be addressed systematically (Stone & Colella, 1996) and firms have to take on their social role in order to facilitate the work of tearing down these barriers (Carvalho-Freitas & Marques, 2007& Oliveira, Junior e Fernandes, 2009.…”

“…The issues PwD face in the job market all reflect these factors, and are a consequence of them. The frailty of relationships, at times marred by stigma and prejudice (Dwertmann & Boehm, 2016), and the lack of specialized institutions and of accessible physical structures are just a few of the issues at play in PwD insertion in the job market (Carvalho-Freitas & Marques, 2007 This study seeks to contribute to this discussion by investigating the relationship between the proportion of PwD and productivity in Brazilian firms. Since PwD are affected by negative perceptions of their contributions as a labor force (Stone & Collela, 1996, Dwertmann & Boehm, 2016, this study may offer information revealing possible and undesirable prejudice concerning PwD insertion in the job market.…”

Características Psicossociais Do Contato Inicial Com Alunos Com Deficiência

“…Os universitários consideravam que a ação de focar a deficiência traria melhor resultado. Essa ação tem por pressuposto a concepção da deficiência como um desvio da normalidade e que é necessário reabilitar tais pessoas para elas serem o mais parecido possível com aquelas consideradas "normais" (Carvalho-Freitas & Marques, 2007). Os universitários foram, então, estimulados pelos professores a desenvolver as atividades coletivamente, uma vez que em sala de aula trabalhariam com os alunos conjuntamente e nem sempre teriam auxiliares.…”