Os exergames como recurso didático no ensino do atletismo na educação física escolar

Abstract

Os exergames são jogos que permitem novas formas de vivenciar uma modalidade esportiva. Fazem parte da cultura digital e podem ser incorporados às aulas como recurso didático ao ensino dos conteúdos da educação física escolar. Diante disso, foi realizado um estudo de intervenção composto por treze aulas direcionadas ao ensino do atletismo a educandos do quarto e quinto ano do ensino fundamental, com o objetivo de intercalar o desenvolvimento de atividades reais e virtuais, com o uso do console Xbox 360 com Kinect nas aulas, a fim de analisar e discutir as potencialidades destes games como recurso didático no aprendizado do atletismo, quanto ao ensino das regras, das questões técnicas e táticas, além das características de algumas modalidades, valorizando o conteúdo nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal. Verificamos em nosso estudo que os exergames podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, desde que haja uma mediação pedagógica, estabelecendo-se como uma interessante ferramenta a ser empregada na educação física escolar.

PEDAGOGIA DO JOGO APLICADA AOS eSPORTS: PROCESSOS DIDÁTICOMETODOLÓGICOS DO FIFA 19

“…Desse modo, o eSport depreende à efetivação da Pedagogia, enquanto ciência da prática educativa, no campo da Educação Física. Isso porque abarca, por meio da relação estabelecida entre professores e professoras com os e as praticantes, etapas que pressupõem a organização, a sistematização, a aplicação e avaliação de atividades, conteúdos e recursos -processos que, por sua vez, contemplam o bojo da subárea da Pedagogia do Esporte e seus objetos de investigação, que podem, efetivamente, contemplar práticas emergentes, heterogêneas e ressignificáveis em determinados contextos sociais (GALATTI et al, 2014;MARQUES, 2015;SALGADO;SCAGLIA, 2020;SCAGLIA, 2022).…”

Exergames como recurso para inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física

“…A crítica com relação aos jogos eletrônicos serem sinônimo de sedentarismo e não contribuírem com a prática de atividades corporais ainda existe, porém estudos como os de Mota (2020), Ribeiro (2015), Salgado e Scaglia (2020), Finco, Reategui e Zaro (2015), justificam a utilização de tecnologias como os vídeo games ativos, os famosos Exergames, como prováveis potencializadores no processo de ensino e aprendizagem utilizando-os como recurso pedagógico nas aulas de Educação Física, no interesse e motivação dos alunos e, ainda sem muita ênfase, como ferramenta de inclusão.…”

“…Os estudos de Mota (2020), Ribeiro (2015) e Salgado (2016), também apresentam os exergames como uma proposta para aulas de Educação Física com o intuito de contribuir no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, auxiliando os professores em suas práticas. Apresentam a inserção dos jogos digitais mediados pelos EXG como possível motivador e otimizador do processo de ensino e aprendizagem das aulas de Educação Física Escolar (MOTA, 2020), sendo também uma alternativa para falta de disponibilidade de quadra esportiva nas escolas, propondo uma nova metodologia de ensino nas aulas de Educação Física (RIBEIRO, 2015).…”

“…Apresentam a inserção dos jogos digitais mediados pelos EXG como possível motivador e otimizador do processo de ensino e aprendizagem das aulas de Educação Física Escolar (MOTA, 2020), sendo também uma alternativa para falta de disponibilidade de quadra esportiva nas escolas, propondo uma nova metodologia de ensino nas aulas de Educação Física (RIBEIRO, 2015). Os EXG fogem a passividade dos videogames tradicionais, fazendo com que seja possível a reflexão sobre sua utilização pedagógica para ensinar os conteúdos pertencentes a cultura corporal de movimento da Educação Física, criando ambientes de aprendizagem que conciliem os jogos eletrônicos aos conteúdos a serem abordados nas aulas (SALGADO, 2016).…”

O Uso Dos Exergames Como Estratégia Para Potencializar a Inclusão De Pessoas Com Deficiência Nas Aulas De Educação Física

“…A crítica com relação aos jogos eletrônicos serem sinônimo de malefícios mentais e corporais existe, porém, estudos vem na contramão dessa visão pessimista. Nesse sentido, encontramos em Mota (2020), a evidência dos exergames como uma ferramenta contributiva no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Educação Física Escolar; de Ribeiro (2015), que propõe os exergames como uma alternativa para falta de disponibilidade de quadra esportiva nas escolas, pensando nesta tecnologia como ferramenta digital de aprendizagem em sala de aula, propondo uma nova metodologia de ensino nas aulas de Educação Física; No estudo de Pontes (2016), que nos leva a uma visão importante com relação as tecnologias usadas na educação, afirmando que, sobre essas tecnologias, podem transformar o ensino e as formas estagnadas das quais a educação tradicional se apropriou; Salgado e Scaglia (2020), colaboram trazendo os exergames nas aulas de Educação Física Escolar como recurso didático para o ensino dos conteúdos, que permite novas formas de vivenciar uma modalidade esportiva, fazendo parte da cultura digital e entendem que os games transformam o jeito de ensinar e auxiliam a construção do processo educativo; os autores Finco, Reategui e Zaro (2015), constataram que a aplicabilidade dos exergames para os alunos que se demonstravam desmotivados, apresentaram atitudes de cooperação com os colegas. Justificamos este estudo, tendo como objeto os exergames no contexto escolar como prováveis potencializadores no processo de ensino e aprendizagem utilizando-os como recurso pedagógico nas aulas de Educação Física, no interesse e motivação dos alunos, entretanto, observamos que há pouca ênfase nesta abordagem como ferramenta de inclusão de estudantes com deficiência.…”