O desempenho das universidades brasileiras na perspectiva do Índice Geral de Cursos (IGC)

Abstract

A educação superior exerce papel fundamental no desenvolvimento econômico de determinado país, no que condiz ao atendimento das demandas da sociedade. A qualidade no contexto da educação superior tem sido tema recorrente nos últimos anos, sobretudo a partir da criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que instituiu um sistema de avaliação institucional global e integrador condizente a todas as Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, sendo responsável por produzir índices para mensuração da qualidade como o Indicador de Diferença dentre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o IGC, Índice Geral de Cursos, que mede o desempenho global da instituição. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar o IGC das universidades públicas e privadas das cinco regiões brasileiras, no intuito de caracterizar o desempenho das IES por região e verificar possíveis discrepâncias intra e inter-regionais identificando oportunidades de melhoria. Os resultados evidenciaram desempenho superior das universidades públicas em todas as regiões, tendo maior destaque as regiões norte e sudeste. Quanto à variabilidade, as regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram os melhores desempenhos ambos condizentes ao setor privado. No entanto, para realizar uma avaliação consolidada do desempenho das IES por região faz-se necessário analisar, de forma integrada, os resultados do IGC alinhados aos demais subsistemas de avaliação que integram a avaliação multidimensional do SINAES.

Aplicação do ENADE como ferramenta para avaliação do desempenho discente em um curso de Pedagogia

“…No entanto, demonstra um cenário normativo e coercivo imposto pelo SINAES por meio do ENADE (BRITO, 2008). Devido às pressões sofridas pelas IES, que precisam cumprir uma meta de alunos presentes no dia do exame para o reconhecimento e credenciamento dos cursos de graduação (CANAN; ELOY, 2016), a mobilização dos discentes perde seu valor em termos de avaliação da qualidade do aprendizado durante o curso de graduação, visto que a motivação dos gestores está ligada principalmente às questões financeiras (BE-CKER, 2010) para manutenção do curso e adesão de novos alunos (POLIDORI et al, 2011), e para que os cursos obtenham uma melhor nota ao final do processo de avaliação conduzido pelo INEP (HOFFMANN et al, 2014). Assim, as ações promovidas pela coordenação reduziram as justificativas da IES para o INEP sobre as abstenções, melhorando seus índices de avaliação interna institucional.…”

“…Por ter este caráter avaliativo e comprobatório, é possível inferir que este tipo de iniciativa é uma excelente estratégia usada pelas IES para promover melhorias institucionais (GALVÃO; CORRÊA; ALVES, 2011), reavaliar metodologias de ensino (BRITO, 2008), readequar os conteúdos programáticos de cursos de graduação (PO-LIDORI et al, 2011), avaliar o desempenho docente no caráter de transmissão do conhecimento (BARREYRO, 2008;SCHWARTZMAN, 2008) e ser o fator preponderante para avaliação institucional obrigatória que comprova a qualidade do serviço de ensino prestado junto aos órgãos responsáveis (HOFFMANN et al, 2014).…”

“…33-E da Portaria nº 40, de 200740, de , republicada em 201040, de (INEP, 2016, define quais cursos de graduação serão avaliados no ano vigente. A partir dessa definição, as IES ficam responsáveis pela mobilização e inscrição dos discentes, ingressantes e concluintes, que devem participar da avaliação, sendo de responsabilidade de seus coordenadores de curso e procuradores educacionais institucionais todas as ações para estas atividades (HOFFMANN et al, 2014).…”

“…Entretanto, para que o desempenho do aluno seja satisfatório, é necessário que os cursos de graduação possuam indicadores positivos, e a avaliação institucional seja direcionada a gerar melhorias para as IES (HOFFMANN et al, 2014).…”

A percepção dos monitores sobre o programa de monitoria do Ensino Superior do CEFET/RJ

“…Neste sentido, a qualidade acadêmica torna-se um propósito de toda instituição de ensino comprometida com responsabilidade social [6].…”