2019
DOI: 10.1590/s2178-14942019000100005
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Silêncios Atlânticos: Sujeitos E Lugares Praieiros No Tráfico Ilegal De Africanos Para O Sudeste Brasileiro (C.1830 - C.1860)

Abstract: Resumo A ilegalidade do tráfico de africanos para o Brasil impôs profundos silêncios à sua história. No Sudeste, os desembarques de africanos eram sustentados por uma estrutura ajustada. Nas franjas do Atlântico, grandes propriedades praieiras serviam à recepção desses africanos. Seus donos, comendadores e nobres, animados pelo dinamismo do complexo cafeeiro, fundaram uma aristocracia ungida pela ilicitude. As fazendas negreiras e seus senhores reergueram o tráfico sob o manto da ilegalidade. Quebrar esse silê… Show more

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“…Fortemente refutada e raramente aplicada 30 , em 1838, já sob o gabinete conservador de Araújo Lima e veemente defesa de Bernardo Pereira de Vasconcelos, o Império "facilitaria a reabertura do tráfico de maneira tácita, e assim o sustentaria durante toda a década de 1840, a despeito da repressão inglesa". 31 Beatriz Mamigonian estima que cerca de 760 mil pessoas foram escravizadas ilegalmente entre 1831 e 1851. 32 Assim, Harro-Harring aporta no Brasil na esteira de um processo longo de consolidação da militância antiescravocrata como política essencial da diplomacia britânica.…”
Section: Esboços Tropicaisunclassified
“…Fortemente refutada e raramente aplicada 30 , em 1838, já sob o gabinete conservador de Araújo Lima e veemente defesa de Bernardo Pereira de Vasconcelos, o Império "facilitaria a reabertura do tráfico de maneira tácita, e assim o sustentaria durante toda a década de 1840, a despeito da repressão inglesa". 31 Beatriz Mamigonian estima que cerca de 760 mil pessoas foram escravizadas ilegalmente entre 1831 e 1851. 32 Assim, Harro-Harring aporta no Brasil na esteira de um processo longo de consolidação da militância antiescravocrata como política essencial da diplomacia britânica.…”
Section: Esboços Tropicaisunclassified
“…Negociantes, fazendeiros e caiçaras agiam em conjunto a fim de reerguer e sustentar a pirataria e o roubo a liberdade de milhares africanos por quase duas décadas (RODRIGUES, 2005;FERREIRA, 2012;PEREIRA. 2011;PEREIRA 2018;PESSOA, 2019).…”
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