Neste artigo são apresentadas duas formas de atuação de representantes de grandes corporações junto a comunidades do interior do estado do Maranhão, na região Nordeste do Brasil, com o objetivo de demonstrar, através do conceito de ritos empresariais, como eles são desenvolvidos de maneira estratégica pelas grandes empresas, na sua relação com comunidades rurais. A abordagem metodológica adotada é a qualitativa, com ênfase em análises descritivas e explicativas. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com representantes tanto das comunidades quanto das empresas, além de análises de documentos oficiais disponíveis ao público e de documentos internos disponibilizados para esta pesquisa. Como principal contribuição, tem-se que as grandes empresas desenvolvem a capacidade de interferir diretamente na sua avaliação pelos comunitários, a partir do momento em que selecionam os representantes que tenham vivências relacionadas com causas defendidas por seus antagonistas, nesse caso, os movimentos sociais do meio rural; ou ainda quando conseguem transformar os investimentos financeiros em referenciais positivos de atuação nas comunidades.