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Doutor em Administração pelo Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professor do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).Avenida Antônio Carlos, 6.627, Pampulha, Belo Horizonte -MG -Brasil -CEP 31270-901 E-mail: saraiva@face.ufmg.br
ALEXANDRE DE PÁDUA CARRIERI
Doutor em Administração pelo Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professor do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).Avenida Antônio Carlos, 6.627, Pampulha, Belo Horizonte -MG -Brasil -CEP 31270-901 E-mail: alexandre@face.ufmg.br
ARI DE SOUZA SOARES
Mestre em Administração pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Agente de fiscalização financeira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.Avenida Rangel Pestana, 315, Centro, São Paulo -SP -Brasil -CEP 01017-906 E-mail: assoares@tce.sp.gov.br
RESUMOO objetivo deste artigo é analisar as relações entre territorialidade e identidade no ambiente organizacional, avançando na perspectiva de identidade quanto ao que é distintivo, duradouro e central numa organização. Para tanto, foi tomado como objeto de estudo o Mercado Central de Belo Horizonte, lugar de múltiplas prá-ticas -de boêmios, compradores, frequentadores e turistas -em que a cultura mineira se apresenta em diversas nuanças, adequado como objeto, portanto, para a observação de fenômenos complexos como os aqui tratados. Sob um enfoque qualitativo, 40 entrevistas semiestruturadas foram realizadas junto aos comerciantes do Mercado Central de Belo Horizonte, visando compreender a visão deles sobre esse espaço, material trabalhado pela análise do discurso francesa. Percebe-se que a sobreposição dos elementos trabalhados -distintivos (comér-cio), duradouros (paróquia) e centrais (escritório da administração) -demonstra atritos, seja pelo extravasamento de funções, seja porque, nas organizações, o convívio entre desiguais se instala, polarizada por alguns grupos que dominam enquanto outros resistem. Equilibram-se pelos movimentos de rearranjo dos atores sociais pelos territórios que ocupam em torno da sobrevivência mútua. Observou-se que as crenças compartilhadas que os indivíduos têm da identidade de uma organização, segundo definições de Albert e Whetten (1985), também se prestam para explicitar uma dada compreensão do espaço. E se essa é a ideia-base é porque ela não se prende apenas aos elementos puramente concretos, mas também à sua perspectiva...