2009
DOI: 10.1590/s1984-02922009000300005
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A criança celestial: perambulações entre aruanda e o inconsciente coletivo

Abstract: Tendo em vista que a religião umbandista expressa e explicita etnoteorias psicológicas afro-brasileiras, esta pesquisa visou explicitar os sentidos associados a sua concepção do infantil, mediante o estudo de um dos principais personagens do seu panteão, os espíritos de crianças. Para efeito de contraste e no intuito de auxiliar a organizar as concepções umbandistas, tomou-se como referência a psicologia junguiana. Combinou-se a observação participante com a realização de entrevistas com praticantes da religiã… Show more

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“…Uma característica desse universo religioso é que nele se estabelecem elaborações análogas a construtos conceituais supostamente estritamente intelectuais e abstratos que se enunciam e expressam de permeio a imagens e vivências estético-sensoriais associadas à possessão (Rotta & Bairrão, 2018), como é o caso da elaboração de sentidos de gênero mediante a categoria da pombagira (Barros & Bairrão, 2015a), mas também, para dar outros exemplos de elaborações desse gênero, de caboclos associados à luz numa acepção certamente metafórica, mas que também literalmente se corporifica em inscrições sensórias (Rotta & Bairrão, 2010), do preto velho como sítio dos quadros sociais de referência em que se constrói a memória coletiva do negro (Trindade, 2000) e da personificação do self na categoria do infantil (Martins & Bairrão, 2009).…”
Section: A Umbandaunclassified
“…Uma característica desse universo religioso é que nele se estabelecem elaborações análogas a construtos conceituais supostamente estritamente intelectuais e abstratos que se enunciam e expressam de permeio a imagens e vivências estético-sensoriais associadas à possessão (Rotta & Bairrão, 2018), como é o caso da elaboração de sentidos de gênero mediante a categoria da pombagira (Barros & Bairrão, 2015a), mas também, para dar outros exemplos de elaborações desse gênero, de caboclos associados à luz numa acepção certamente metafórica, mas que também literalmente se corporifica em inscrições sensórias (Rotta & Bairrão, 2010), do preto velho como sítio dos quadros sociais de referência em que se constrói a memória coletiva do negro (Trindade, 2000) e da personificação do self na categoria do infantil (Martins & Bairrão, 2009).…”
Section: A Umbandaunclassified
“…With respect to recent studies addressing the ethnopsychological meaning of Umbanda entities, consultBairrão, 2005;Barros, 2013;Barros & Bairrão, 2015;Dias & Bairrão, 2011Graminha & Bairrão, 2009;Macedo & Bairrão, 2011;Martins & Bairrão, 2009;Rotta & Bairrão, 2007; …”
unclassified
“…Trata-se de espíritos associados à inocência, à alegria, pureza e luz, à cura e aos santos médicos, Cosme e Damião (Martins & Bairrão, 2012). Eles falam com todos de forma descontraída, plena de humor; nos terreiros lhes são ofertados bombons, bolos, guaranás, brinquedos e chupetas (Martins & Bairrão, 2009). Segundo Brumana e Martinez (1991), essas crianças revelam um "estado de natureza", sem normas, responsabilidades, em uma oposição ao rigor e rigidez do mundo adulto.…”
Section: Eu VI Brilhar Eu Vi Brilharunclassified