2009
DOI: 10.1590/s1981-77462009000100005
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Subjetividade e trabalho na sociedade contemporânea

Abstract: Este trabalho busca problematizar a relação sujeito-trabalho na sociedade contemporânea. De início, analisa as configurações dessa relação na história do ocidente, em especial a partir do final do século XVII. Num segundo momento, discute as especificidades dos novos processos de trabalho que vêm se consolidando em quase todo o planeta. A partir desse exame, constrói-se uma análise sobre as diferentes implicações sociopolíticas e subjetivas desta nova realidade da organização produtiva capitalista.

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“…Além disso, a perspectiva de embasamento histó-rico-cultural supracitada não perde de vista a consideração da competência do indivíduo no âmbito de situações de trabalho (Zarifian, 2010), ou seja, a inteligência prática das situações circunstanciais, para as quais as interlocuções e o contexto microcultural circunjacente (como no caso dos coletivos de trabalho) e contexto cultural mais amplo (como no caso do gênero profissional) têm papel igualmente constitutivo na explicação da gênese e poder pragmático das competências humanas. Tal perspectiva valoriza, portanto, saberes para além do trabalho explicitamente prescrito ou do conhecimento formalizado (Lopes, 2009), e para além da dicotomia simples "indivíduo" e "sociedade". O trabalho, nesse contexto, passa de uma visão de atividade controlada e pré-definida para uma visão que o considera como uma "conduta pertinente dos acontecimentos", de natureza emergente.…”
Section: Competência Sob a óTica Da Perspectiva Histórico-culturalunclassified
“…Além disso, a perspectiva de embasamento histó-rico-cultural supracitada não perde de vista a consideração da competência do indivíduo no âmbito de situações de trabalho (Zarifian, 2010), ou seja, a inteligência prática das situações circunstanciais, para as quais as interlocuções e o contexto microcultural circunjacente (como no caso dos coletivos de trabalho) e contexto cultural mais amplo (como no caso do gênero profissional) têm papel igualmente constitutivo na explicação da gênese e poder pragmático das competências humanas. Tal perspectiva valoriza, portanto, saberes para além do trabalho explicitamente prescrito ou do conhecimento formalizado (Lopes, 2009), e para além da dicotomia simples "indivíduo" e "sociedade". O trabalho, nesse contexto, passa de uma visão de atividade controlada e pré-definida para uma visão que o considera como uma "conduta pertinente dos acontecimentos", de natureza emergente.…”
Section: Competência Sob a óTica Da Perspectiva Histórico-culturalunclassified
“…Ainda que não seja objeto de discussão deste artigo, cabe registrar a importância de se refletir sobre as relações de subjetividade-trabalho no contexto contemporâneo em que o 'comprometer-se' ou 'implicar-se' aparecem como importante forma de mobilizar energia dos trabalhadores, como bem descreve Lopes (2009): Estes procedimentos resultam da mobilização de processos psíquicos pelos sujeitos, que podem estar ligados a uma forma específica de inteligência -a inteligên-cia astuciosa -que tem raiz no corpo, na percepção e na intuição sensível e que, embora derive do sofrimento, propicia, como contrapartida de seu exercício, o prazer (Lopes, 2009, p. 106). …”
Section: Projeto Ou Ação De Ean Período Setores Envolvidosunclassified
“…PALAVRAS-CHAVE: Terceirização. Nojo Compartilho com alguns autores a visão de que há uma relação intrínseca entre terceirização e precarização do trabalho (Carelli, 2003;Druck, 2009;Druck;Franco, 2007Franco, , 2009Dau et al, 2009;Marcelino, 2004;Santos et al, 2009) na "nova realidade da organização produtiva capitalista" (Lopes, 2009). Trabalho precário, sob a lógica do capital, é quase expressão de tautologia, visto que os padrões de acumulação capitalista que vêm se instalando no mundo desde o final do século XIX até os dias de hoje (taylorismo, fordismo, toyotismo) dão-se por meio da superexploração da força de trabalho (articulação entre baixos salários, jornadas de trabalho prolongadas, intensidade do ritmo de trabalho, subcontratação e terceirização).…”
Section: Introductionunclassified