2006
DOI: 10.1590/s1517-45222006000200010
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Crenças, valores e representações sociais da violência

Abstract: Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 250-273 ARTIGO ECrenças, valores e representações sociais da violência 1 ste texto pretende explicitar a utilização que tenho feito da noção de representações sociais enquanto possibilidade de compreensão do fenômeno da violência contemporânea, assumindo ser impossível compreender esse fenô-meno sem se interrogar sobre os sentidos, os valores e as crenças que estruturam e presidem a vida social, os quais são o conteúdo por excelência das representaç… Show more

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“…São informações que orientam as práticas e relações humanas, construídas através de comunicações sociais e apreendidas socialmente (MOSCOVICI apud ANCHIETA; GALINKIN 2005), além de variar em função dos extratos econômicos e culturais em que se inserem os indivíduos ou grupos (PORTO, 2006).…”
Section: Metodologiaunclassified
“…São informações que orientam as práticas e relações humanas, construídas através de comunicações sociais e apreendidas socialmente (MOSCOVICI apud ANCHIETA; GALINKIN 2005), além de variar em função dos extratos econômicos e culturais em que se inserem os indivíduos ou grupos (PORTO, 2006).…”
Section: Metodologiaunclassified
“…Em O Suicídio (1897) e mais adiante em As formas elementares da vida religiosa (1912), Durkheim desenvolveu a noção de representações coletivas para se referir a "estados de consciência coletiva" que, diferentes daquilo que pertenceria à inconstância do domínio da consciência individual -cuja importância ele não deixa de reconhecer -, exprimiriam a forma como o grupo se vê quando se relaciona a objetos que lhe afetam (OLIVEIRA, 1999). Como num espelho, isso possibilitaria que os grupos pudessem ser compreendidos a partir da forma como representam e se representam nos objetos com os quais se relacionam e se identificam, de forma estável e duradoura (LUKE, 2009;PORTO, 2006).Por um bom tempo, o estudo das representações esteve relegado às sombras na pesquisa sociológica, até que, nos anos 1960, volta a ser discutido fortemente por teóricos da psicologia social, em especial Serge Moscovici e, mais adiante, Denise Jodelet, entre outros. Ao revisar o conceito durkheimiano de representações coletivas, Moscovici realinhou a dimensão social no interior da psicologia do conhecimento e fez emergir a noção de representações sociais, considerando a comunicação como sua condição e suas ligações com o contexto em que se produzem (PORTO, 2006).…”
unclassified
“…Pretende-se compreender como os magistrados percebem o universo da violência contra as mulheres e como suas concepções pessoais podem ou não influenciar suas decisões, em detrimento da referência legal. Isso porque outros estudos (Anchieta & Galinkin, 2005;Cruz, 2002;Oliveira & Amâncio, 2006;Porto, 2006;Streck, 2002) apontam que há um componente subjetivo presente nas ações dos sujeitos humanos, mesmo que estes se proponham a ser objetivos e imparciais.…”
unclassified
“…As crenças e os valores pessoais e subjetivos não podem ser desconsiderados quando se pretende pensar sobre as ações humanas e sobre suas representações (Porto, 2006). Assim, entender quais as crenças e valores que estão dando sustentação às decisões dos magistrados, e como eles determinam ou não seus julgamentos, pode trazer informações quanto à possibilidade de acesso das mulheres em situação de violên-cia à sua plena cidadania.…”
unclassified
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