A experiência da maternidade e a dialogia mãe-filho com distúrbio de linguagem

Abstract

TEMA: a experiência da maternidade e dialogia mãe-filho com distúrbio de linguagem. PROCEDIMENTOS: o objetivo de investigar as possíveis relações entre a constituição da experiência da maternidade e a dialogia mãe-filho com distúrbio de linguagem. A amostra desta pesquisa foi constituída por 4 crianças, entre 2 e 4 anos, com distúrbio de linguagem, e suas mães. As mães foram submetidas a uma entrevista semi-estruturada acerca da experiência materna e a possibilidade de a mesma ter passado por alterações emocionais tais como a depressão e/ou ansiedade. Coletou-se uma interação mãe-filho, e em um caso avó-neta, através da filmagem da díade em atividade lúdica para analisar o modo como a dialogia e a interação aconteciam na díade. RESULTADOS: demonstraram que as quatro crianças estiveram sujeitas a interações com mães e avó com índices de ansiedade (dois casos) e depressão (dois casos). Apenas uma mãe não possuía tais índices e esta possuía dialogia adequada com a filha. CONCLUSÃO: os dados demonstraram relações entre a dialogia mãe-filho e a experiência materna. Houve distinções na dialogia e no brincar relacionados aos estados emocionais das mães e, em um caso, da avó.

Associação entre indicadores de risco ao desenvolvimento infantil e estado emocional materno

“…The results of this research showed, in accordance with many studies 1,9,14,16,17,21,24,25 , that the maternal state tends to influence the mother--baby relationship, given the association between maternal altered states and the presence of risks to child development. They also showed that there is an important association between depression and anxiety in our sample, which entails some reflections.…”

“…The study found that maternal depression or anxiety can cause mothers to occupy different enunciative places in the dialogue with the child. It has been noted that anxious mothers tend to excessively occupy this place, while depressed mothers adopt a less participatory approach when playing and speaking with their children 24. So even if the behavior of an anxious mother in interaction with the baby cannot be generalized, it is known that it is often possible that the relationship between them is broken, and that can cause future problems for child development, particularly in risking language acquisition 24 , besides other problems in child development 25. Recently, two studies found that maternal emotional states such as depression and anxiety were positively associated with the presence of risk to child development, when investigating mothers and babies aged 0 to 4 months 16,17 . The continuity of this research covers the follow-up of these babies up to 18 months, with IRDI protocol analysis ( Figure 1).…”

O distúrbio de linguagem em dois sujeitos com risco para o desenvolvimento em uma perspectiva enunciativa do funcionamento de linguagem

“…Both presented language impairment, considered here as an enunciative restricted condition, which proves the predictive value of IRDls regarding the risk to development 19 , thus among the instrumental aspects of development, it is the language. The presence of altered states of maternal mood, postpartum depression of MT and the before the delivery of MM, demonstrates the importance of monitoring the mental health of pregnant women, as observed in other studies 12,20 .…”

“…Traditionally, the studies that focus on language disorders in childhood have explained the biological and linguistic limits of clinical cases [1][2][3][4][5][6][7][8][9][10] , while other ones have approached the initial interactions 11,12 . On the other hand, studies in a enunciative perspective are recent, in particular those ones directed to the subjectivity in language.…”

Privação de Afeto e suas Consequências: Análise Psicodinâmica a Partir do Filme “Precisamos Falar Sobre Kevin”

“…Alguns fatores vivenciados pelas mães, como ansiedade ou depressão apresentam relação na forma como o diálogo entre estas e seus bebês serão estabelecidos (Crestani et al, 2010) e consequentemente na forma como se relacionam. Mas a importância da relação mãe-bebê para a constituição psíquica do bebê se inicia ainda na gestação.…”