A evolução do consumo de alimentos na China e seus efeitos sobre as exportações agrícolas brasileiras

Abstract

Este artigo tem o intuito de avaliar as mudanças no consumo de alimentos na China e seu impacto sobre as exportações agroindustriais brasileiras. O crescimento econômico chinês provocou nas últimas décadas importantes mudanças na estrutura mundial da demanda por alimentos. Em decorrência dessas transformações, ocorreram importantes aumentos das exportações brasileiras de origem agrícola para a China. As análises apresentadas no trabalho baseiam-se na sistematização de informações sobre o consumo disponíveis no site da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) e sobre o comércio exterior do Brasil fornecidas pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Dentre os resultados encontrados, podem ser destacadas a redução já observada do dinamismo em muitos dos mercados de alimentos na China, a baixa penetração das importações nos mercados chineses de alimentos para uso humano e a forte concentração das exportações agroindustriais brasileiras para o país em um número pequeno de cadeias produtivas.

Características De Carcaça E Componentes Não-Carcaça De Ovinos: Uma Revisão

“…A demanda de carne nos países em desenvolvimento vem sendo impulsionada pelo crescimento demográfico, pela urbanização e pelas variações das preferências e dos hábitos alimentares dos consumidores. Dessa forma, estima--se um crescimento anual de 2,1 % na produção de carne ovina, registrando-se essa elevação principalmente em países em desenvolvimento (SANTOS et al, 2012). O Brasil pode se beneficiar do aumento da demanda de carne ovina pelos países importadores.…”

Abertura Comercial E Segurança Alimentar Na China: O Papel Das Exportações Brasileiras De Proteína Animal

“…Ressalta-se que o consumo de grãos ainda é mais elevado nas áreas rurais do que nas cidades, embora essa diferença diminua na medida que a população campesina passa a ser atendida pelos canais de distribuição alimentares (Santos et al, 2012). Vieira et al (2016) Entre 1997 e 2009, as exportações de origem agrícola do Brasil para a China passaram de cerca de US$ 700 milhões para US$ 8,9 bilhões (Santos et al, 2012), e US$ 30,9 bilhões em 2019, representando 32% das exportações brasileiras de origem agrícola, sendo o principal destino dessas, seguido da União Europeia (17,35%) e Estados Unidos (7,4%) (MAPA,…”

“…Com a população de 1,4 bilhão de pessoas, o ingresso formal na OMC repercutiu no aumento expressivo do consumo de todas as proteínas de origem animal (OCDE, 2020). Como no caso do aumento do consumo de carne bovina na população chinesa, as estratégias (bem-sucedidas) de comunicação e importação têm sanado a diminuição gradativa da vantagem comparativa da China e a lacuna entre oferta e demanda de produtos agrícolas (Santos et al, 2012;Jank et al, 2020;Mu & Jin, 2020)…”

Determinants of international trade in brazilian soybeans and its main derivatives

“…However, it is worth highlighting the value with "others" 89.90%, which indicates that Brazil has diversified its destination markets for exporting soy in grain. Santos, Batalha, and Pinho (2012) point out that changes in the political and economic scenario at the national level from the 2000s directly impacted the performance of exports of soybeans, with this set of actions leading the commodity to register high parcels in the participation of the global sales of this. Linked to internal factors, the authors highlight the high Chinese demand, which has gained notoriety since 2001, after the country entered the World Trade Organization (WTO).…”