2004
DOI: 10.1590/s1414-98932004000300009
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O processo de desospitalização de pacientes asilares de uma instituição psiquiátrica da cidade de Curitiba

Abstract: O alto índice de pacientes asilares nas instituições psiquiátricas representa um dos maiores desafios ao processo da reforma psiquiátrica em curso no Brasil. O intuito desta pesquisa foi o de acompanhar e descrever o processo de desospitalização de pacientes crônicos e asilares que vem ocorrendo em uma dessas instituições. Verificou-se que, nos raros casos em que o paciente asilar é desospitalizado, ele não é desinstitucionalizado e sua situação de tutela é mantida. O processo exige uma política de inclusão qu… Show more

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“…Tais iniciativas tornaram-se uma política do SUS, através da portaria GM106/2000, que criou os Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental, nomenclatura frequentemente questionada, mas estabelecida para justificar a sua inserção no SUS (Furtado, 2006 (Vidal, Gontijo, & Bandeira, 2007) até os a respeito de vivência e visão dos moradores (Araújo, 2004;Fassheber, Barreto, & Vidal, 2007;Matos & Moreira, 2013). Estudos sobre cuidadores abordam as dificuldades encontradas pelos referidos profissionais ou a produção de novos cuidados (Carneiro & Rocha, 2004;Paulon, Resende, Knijnik, Oliveira, & Abreu, 2007).…”
Section: Os Serviços Residenciais Terapêuticosunclassified
“…Tais iniciativas tornaram-se uma política do SUS, através da portaria GM106/2000, que criou os Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental, nomenclatura frequentemente questionada, mas estabelecida para justificar a sua inserção no SUS (Furtado, 2006 (Vidal, Gontijo, & Bandeira, 2007) até os a respeito de vivência e visão dos moradores (Araújo, 2004;Fassheber, Barreto, & Vidal, 2007;Matos & Moreira, 2013). Estudos sobre cuidadores abordam as dificuldades encontradas pelos referidos profissionais ou a produção de novos cuidados (Carneiro & Rocha, 2004;Paulon, Resende, Knijnik, Oliveira, & Abreu, 2007).…”
Section: Os Serviços Residenciais Terapêuticosunclassified
“…Contudo, tais conceitos têm importância clínica suficiente para justificar seu emprego (9) e são definidos da seguinte maneira: "Paciente agudo é o que está passando por uma crise, um surto, que, em linguagem psiquiátrica, caracteriza-se por sintomas negativos (perdas ou diminuição em suas funções psíquicas) e por sintomas positivos (discurso desorganizado, presença de delírios e/ou alucinações). O paciente crônico é o que tem uma história de internamentos reincidentes que vêm acontecendo ao longo do tempo ou aquele que se encontra internado há vários anos na instituição, podendo ou não apresentar sintomas psiquiátricos" (10).…”
Section: Discussão E Conclusãounclassified
“…A ida ao pátio permitia aos pacientes internados o encontro com diferentes pessoas e também a participação em atividades do hospital-dia, caso desejassem. Desta forma, o que denominamos pátio externo tem características de "lado de fora" do hospital, quando se tem como referência o modelo asilar (10).…”
Section: Discussão E Conclusãounclassified
“…É preciso desinstitucionalizar, pois o que se encontra em jogo não é apenas um novo endereço, seja um asilo, um internato ou mesmo a família, em que a situação de tutela do sujeito seja mantida, mas a adoção de uma política de inclusão do paciente na vida social. (Carneiro & Rocha, 2004) Reiterando: para a reabilitação psicossocial e os serviços substitutivos, interessa enxergar e levantar desejos dos indivíduos atendidos e possibilitar a esses a participação social em outros papéis sociais que não os reservados à doença. (Brasil, 2003).…”
Section: Luís Felipe Ferrounclassified
“…Reabilitação psicossocial e os serviços substitutivos ao modelo manicomial A partir das décadas de 60 e 70, em cenário internacional, começam a surgir movimentos, com destaque para a psiquiatria democrática italiana, que procuraram levantar debates contra as propostas manicomiais, buscando sua desconstrução e a proposição de novas possibilidades de atenção à saúde mental (Antunes, Barbosa, & Pereira, 2002;Fassheber & Vidal, 2007 (Carneiro & Rocha, 2004).…”
unclassified