A regulação emocional em intervenções psicoterapêuticas pode ser eficaz para lidar com situações, como o desconforto, não permitindo que o estado emocional afete a qualidade dos atendimentos. O intuito deste estudo é abordar o estado emocional dos psicoterapeutas em situações intensas do trabalho clínico. Para isso, recorreu-se à pesquisa de cunho descritivo e exploratório, em dados qualitativos. Foram realizadas cinco entrevistas, seguindo um roteiro de entrevistas semiestruturadas com perguntas abertas. Na sequência, o material foi transcrito e submetido à análise de conteúdo de Bardin (1977). Apesar de a regulação emocional fazer parte da rotina dos entrevistados, o uso das estratégias advém das experiências do cotidiano e, em menor proporção, das aprendizagens de formação. Considera-se que ampliar a compreensão do impacto da regulação emocional na prática clínica é necessário para a criação de estratégias de enfrentamento que cuidem da saúde mental do psicoterapeuta e do usuário do serviço.