A profissionalização da fisioterapia em Minas Gerais

Abstract

Objetivo: Com base em estudo qualitativo, utilizando a história oral e a análise de documentos, procurou-se identificar as raízes da fisioterapia em Minas Gerais, a fim de discutir o processo de profissionalização e o desenvolvimento da identidade do fisioterapeuta neste Estado. Metodologia: O foco do estudo foi dirigido principalmente a Belo Horizonte, no período compreendido entre 1950 e 1980. O referencial teórico utilizado foi a sociologia das profissões, e teve como guia os cinco passos de profissionalização descritos por Wilensky 1 que são a necessidade da ocupação tornar-se de dedicação exclusiva, o estabelecimento de procedimentos de instrução e seleção, a formação de uma associação profissional, a regulamentação da profissão e a adoção do código de ética. Na pesquisa de campo, foram utilizadas entrevistas do tipo semi-estruturada para colher depoimentos de pessoas consideradas chave, mediante amostragem em série, e o método escolhido foi a análise de conteúdo. Resultados: Avalia-se que o processo de profissionalização da fisioterapia em Minas Gerais é marcado pela hegemonia médica na saúde e que a indefinição das atribuições e competências foram os fatores que motivaram os conflitos internos e externos. Conclusões: Conclui-se que, para a afirmação efetiva da fisioterapia como profissão, torna-se necessária a delimitação das especificidades do seu saber e do seu fazer (teoria e prática), identificando o papel do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar de saúde.

Potencial de mudança nas práticas de saúde: a percepção de trabalhadores de uma Rede de Reabilitação em (trans)formação

“…Although the professionals feel more qualified after the training and it is possible to identify and list improvements, many of them still sum up their understanding of the network only with the possibility of referring users without taking responsibility for his/ her own follow up: These questions refer us back to vocational training, reinforcing the findings that, historically, the template that accompanies these professionals brings characteristics of model practices, such as: focus on disease; search for normality defined by parameters outside the subject; fragmented and individualized actions; little experience of teamwork and a restricted vision of the user in his/her role just of being a patient 19 . The focus groups showed that these premises still wield significant influence in the daily working processes and permeate the norms defined by the SMSA that bind the implementation of changes.…”

“…Professionals need to have the opportunity to develop their creativity, autonomy and the skills that enable them to work in teams that are determined and engaged in the promotion of health care, since the current model decontextualizes epidemiological and demographic issues, it does not meet the needs of the people, or the work processes in health care 18 . With this in mind, new curricular structures for the grading of different health professions, multiprofessional residence under the SUS and post-graduate courses are being proposed, which may reflect positively on the problem 19 .…”

A interface entre bioética e fisioterapia nos artigos brasileiros indexados

“…A produção científica nacional na área de fisioterapia tem demonstrado algumas iniciativas acerca do debate sobre a profissão (22), no entanto, ainda é incipiente a produção de trabalhos que abordem o desenvolvimento profissional, na perspectiva das necessidades nas áreas de bioética e saúde coletiva.…”

Análise epistemológica dos estudos de conclusão de curso nos programas de Pós-Graduação com Doutorado do Brasil

“…Entender e teorizar a história de seu surgimento e da produção do conhecimento na área facilita a compreensão da identidade profissional e as perspectivas futuras (44,45). Dessa forma, verificando o política pública para aumentar o número de revistas nacionais com boa indexação e índices para que os pesquisadores queiram publicar em sua própria língua, facilitando o acesso aos estudos.…”

“…Contudo, fica claro que as pesquisas mais frequentes e de maior evidência científica ainda estão no âmbito da doença, principalmente porque, foco dos estudos em fisioterapia e a falta de um papel do vínculo social na produção de conhecimento dessa área (3,46), entende-se que a socialização necessária para o reconhecimento público ainda não foi alcançada (43,44,47). A abordagem social que fica clara nos textos produzidos pelos pesquisadores que pensam o futuro da Pós-Graduação no Brasil (40,(48)(49)(50)(51) ainda não foi iniciada nos trabalhos de conclusão de curso, refletindo que ainda não está aplicada à pesquisa realizada.…”