Potencial de mudança nas práticas de saúde: a percepção de trabalhadores de uma Rede de Reabilitação em (trans)formação

Abstract

RESUMEN | La salud de las personas con discapacidad fue prioridad en la agenda del gobierno brasileño resultando en la formulación de políticas específicas para estos usuarios del Sistema Único de Salud (SUS). La creación de una red de atención a personas con discapacidad y el uso de la Clasificación Internacional del Funcionamiento, de la Discapacidad y de la Salud (CIF) se encuentran entre las normativas recién publicadas. Este estudio cualitativo examinó una propuesta de formación coordinada entre la Universidade Federal de Minas Gerais y la Secretaria Municipal de Salud, diseñada para ayudar a la reorientación de la Red de Rehabilitación de Belo Horizonte, Brasil, partiendo del modelo CIF. El objetivo fue conocer la percepción de los profesionales de salud con respecto a sus experiencias en los escenarios del SUS, en vista de los conocimientos adquiridos acerca del CIF como un posible cambio de las prácticas de trabajo diarias y la construcción de la Red de Salud. Se utilizó el análisis de documentos, la observación no participante y grupos de enfoque. El análisis de contenido nos permitió identificar dos ejes temáticos: la armonía entre el trabajo y la formación profesional, y la potencia del modelo biopsicosocial para la organización de la rehabilitación. Los resultados revelaron una brecha entre la formación académica y la realidad del trabajo y un proceso de transformación en la manera de concebir constructos importantes para la reorientación de la rehabilitación, como la funcionalidad, el contexto y la relación entre los mismos. El modelo de atención actual sigue deficiente para la plena coordinación de la atención, sin embargo, la motivación, el conocimiento de las políticas públicas y los cambios en la formación de profesionales para el SUS pueden facilitar la comunicación entre los agentes y servicios, favoreciendo el trabajo en red. Palabras clave |

O trabalho de fisioterapeutas de Núcleos de Apoio à Saúde da Família na assistência ao idoso

“…Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde, em sua Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), considera a funcionalidade como uma interação dinâmica entre condições de saúde e fatores contextuais. Portanto, é um modelo biopsicossocial de atenção, tal como preconizado para atenção ao idoso, e possui conceitos muito úteis para a proposta metodológica de inter e transdisciplinaridade do apoio matricial 2,18,19 . Seu uso no SUS foi determinado em 2012, pelo Conselho Nacional de Saúde, entretanto, observou-se que apenas uma pequena parte dos participantes o utiliza em seu cotidiano de práticas, embora a maioria dos profissionais possua formação sobre o modelo.…”

“…Reforça-se, no entanto, que do ponto de vista da atenção integral ao idoso, a melhora na articulação com as ESF e com a rede de serviços é necessária. Além disso, o modelo de atenção biopsicossocial deve ser utilizado para qualificar o diálogo entre profissionais e as decisões assistenciais 19 .…”

Centro especializado em reabilitação da rede de cuidados à pessoa com deficiência: dos documentos norteadores às práticas cotidianas

“…Alguns artigos abordam também as relações e influências entre a compreensão de conceitos de deficiência e modelos de atenção e as Políticas Públicas que estão em constante tensionamento e descrevem o processo histórico de sua evolução (Bernardes et al, 2008;Fraga;Souza, 2009), bem como as relações com o interesse econômico no estabelecimento das ações em saúde e reabilitação França et al,2008). O estabelecimento da CIF pela OMS é apresentado por grande parte dos autores como um marco de importante mudança de olhar apresentada anteriormente, ampliando as análises sobre deficiência, inclusão social e questões relacionais (Amaral et al, 2012;Munguba et al, 2015;Alves et al, 2016), destacando que as Políticas Públicas atuais descrevem este como modelo teórico a ser seguido, tendo sido publicada inclusive uma resolução estabelecendo seu uso 2 (Alves et al, 2016). Fonte: a autora.…”

“…Para responder a todas as demandas de cuidados à saúde das pessoas com deficiência, os autores afirmam sobre a importância da articulação entre diferentes serviços de saúde e ações de diversos setores, e indicando políticas complementares de outras áreas da saúde, bem como de assistência social, educação e transporte (Lima et al, 2009;Maia et al, 2011;Amaral et al, 2012;Tomaz et al, 2016;Vieira et al, 2015;Alves et al, 2016;Pereira et al 2016;Machado et al, 2018).…”

“…Por fim, alguns autores apresentam o desafio da reorientação do funcionamento, seja dos serviços de saúde ou da sociedade como um todo. Eles consideram que para tornar factível o que se propõe nas políticas, faz-se necessária a transformação de pessoas, paradigmas e relações, e a reorientação de modelos assistenciais e de processos de trabalho dos serviços e equipes de saúde (Maia et al,2011;Silva et al, 2012;Fraga;Souza, 2009;Alves et al, 2016).…”