2008
DOI: 10.1590/s0104-83332008000200008
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Mulheres no tráfico de pessoas: vítimas e agressoras

Abstract: A Criminologia Positivista no Brasil contribuiu para a criação e fortalecimento de estereótipos que influenciam as relações sociais atuais. A Criminologia, enquanto ciência, fortaleceu a idéia do que se chamou "ideal feminino", ou seja, comportamentos padrões que seriam "naturais" e esperados para as mulheres. Um dos temas que mais chamavam a atenção era a sexualidade, o que criou padrões rigídos e preconceitos que perduram até os dias atuais. Esse é um dos motivos que faz com que as mulheres, hoje, vítimas do… Show more

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“…Conforme ficou evidenciado, o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual tem sido um tema de complexa definição, difícil operacionalização e costuma ser confundido com situações de migração para prostituição ou de imigrantes sem documentação 15,16 .…”
Section: Discussionunclassified
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“…Conforme ficou evidenciado, o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual tem sido um tema de complexa definição, difícil operacionalização e costuma ser confundido com situações de migração para prostituição ou de imigrantes sem documentação 15,16 .…”
Section: Discussionunclassified
“…A amostra de Portugal é menor (sete instituições) que a do Brasil (12), tendo em vista as diferentes dimensões destes países e o nú-mero de organizações neles existentes. Também o montante de ONG (quatro) é menor que o de OG (15); estas instituições entrevistadas foram selecionadas de acordo a sua importância de atuação no tráfico de mulheres para fins de exploração sexual.…”
Section: Materials E Métodounclassified
“…São frequentes as notícias que tendem a correlacionar crimes cometidos por mulheres com a loucura. Ao analisar a linguagem criminológica constituída no século XIX, Faria (2008) verificou que as mulheres eram consideradas menos capazes de cometer delitos que os homens, sendo as práticas delas habitualmente circunscritas como desviantes. Constituindo-se como "meras falhas do desenvolvimento ou impossibilidades lógicas, precisamente porque não se conformarem às normas da inteligibilidade cultural" (Butler, 2003, p. 39), a explicação da criminalidade feminina como "ato de loucura" está articulada aos efeitos de um conjunto de poderes normalizadores.…”
Section: A Desequilibradaunclassified
“…Portanto, em grande medida a escassez de literatura sobre a violência e/ou criminalidade feminina se justifica por reconhecermos socialmente a mulher como vítima, mas não como perpetradora de violência (Narvaz e Koller, 2006). A docilidade e a fragilidade naturais das mulheres as tornariam menos capacitadas a cometer crimes do que os homens (Faria, 2008). Neste sentido, as mulheres criminosas são consideradas duplamente transgressoras: da lei e das prescrições sociais de gênero, que posicionam homens, não mulheres, como violentos.…”
Section: Introductionunclassified