O termo "humanização" tem sido empregado constantemente no âmbito da saúde. É a base de um amplo conjunto de iniciativas, mas não possui uma definição mais clara, geralmente designando a forma de assistência que valoriza a qualidade do cuidado do ponto de vista técnico, associada ao reconhecimento dos direitos do paciente, de sua subjetividade e cultura, além do reconhecimento do profissional. Tal conceito pretende-se norteador de uma nova práxis na produção do cuidado em saúde. Este artigo, de cunho exploratório, visa analisar o discurso do Ministério da Saúde sobre a humanização da assistência. Investigamos os sentidos e expectativas associados à idéia de humanização a partir da análise dos textos oficiais, retomando um diálogo crítico com os autores da área de saúde pública e das ciências sociais. Discutimos as idéias centrais da humanização como oposição à violência; oferta de atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, melhoria das condições de trabalho do profissional, e ampliação do processo comunicacional, eixo central dos textos.
Te presentamos la tercera edición en español y la primera en Cuadernos del ISCo de este pequeño libro denominado Investigación social: teoría, método y creatividad. Por la experiencia que tenemos en el campo, nos arriesgamos a afirmar que nuestro encuentro será positivo y provechoso. Verás que este trabajo posee dos tónicas: la primera parte es más teórica y abstracta; se trata de una introducción a cuestiones polémicas del mundo científico y a conceptos básicos de investigación, particularmente de la investigación social que utiliza los abordajes cualitativos. La segunda parte es más técnica: enseña cómo hacerlo. Sin embargo, está íntimamente ligada con el tema tratado en el primer capítulo, articulando teoría y práctica de investigación. Bienvenido a estas páginas. Esperamos que tu mirada curiosa se encuentre con la nuestra y, sobre todo, esperamos tus preguntas y cuestionamientos. Como muy bien dijo el gran filósofo Heidegger, “¡la pregunta es la devoción del pensamiento!”.
Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0.Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. Frágeis deusesprofissionais da emergência entre os danos da violência e a recriação da vida Suely Ferreira Deslandes ApresentaçãoA violência ocupa diariamente as manchetes em todos os jornais. São assassinatos, escândalos econômicos, corrupções milionárias, mortes anônimas, chacinas com requintes de crueldade, compondo um trágico painel. Banalizada e constante, a violên-cia tornou-se mercadoria para a mídia, os políticos e a 'indústria de segurança'. Muitas vezes é cruelmente 'útil' para que se vendam idéias de seletividade social e racial, para que se aprovem 'pacotes de segurança' e para que se tornem famosas propostas de lei com o objetivo de instituir medidas repressivas sob a alegação de resgate da ordem social. Todavia, não podemos sucumbir a um viés utilitarista. Ao mesmo tempo que ameaça e atemoriza, nutrindo o imaginário social de medo e fatalidade, a violência também desencadeia tolerância, movimentos de solidariedade e reivindicações em prol da ética e da valorização da vida.Contudo, é fato que as diversas formas de violência (a rigor podemos somente falar de violências sob a forma de plural, exigindo-se a especifidade de cada contexto) produzem milhares de vítimas ano a ano em nosso país. Portanto, este problema também afeta diretamente o campo da saúde, seja pelo elevadíssimo número de mortes que provoca, seja pelas inúmeras vítimas que vão constituir uma demanda imediata e complexa de cuidados médicos, psicológicos e de reabilitação.Além da ação médica, espera-se do setor saúde uma atuação mais ampliada, como sujeito da luta por cidadania e qualidade de vida dos indivíduos e populações. Mas como o setor saúde e seus agentes têm enfrentado o problema da violência? Como percebem-na e como ela interfere em seu cotidiano de trabalho? Em que medida também contribuem para reproduzir outras tantas formas de violência? Que papel podem exercer para minimizá-la ou até mesmo contribuir de uma forma comprometida com sua 'prevenção'?A partir de algumas indagações como essas escrevi este livro, que foi elaborado com base em minha tese de doutoramento. Minha proposta é, ao mesmo tempo, simples e ambiciosa. Busquei analisar a interferência cotidiana da violência na dinâmica organizacional dos serviços de saúde, nas representações e práticas dos seus agentes. Escolhi os serviços de emergência porque em nenhum outro a violência adquire tamanha visibilidade e constância, misturando-se ao próprio processo de trabalho e às distintas interações entre profissionais e clientela.Penso que este estudo ganha relevância por se realizar em um espaço que encarna algumas das principais bases ainda hegemônicas da saúde: 1) organizativas (centradas no atendimento hospitalar); 2) epistêmicas (calcadas numa racionalidade médico-científica) e 3) relacionais (baseadas em um mod...
O artigo objetiva: (a) analisar a distribuição dos casos de violência doméstica contra a mulher (adolescente e adulta) em relação ao atendimento emergencial por causas externas; (b) caracterizar as vítimas e o atendimento prestado; (c) analisar as circunstâncias em que ocorreram esses eventos. Procurou-se articular as abordagens quantitativas e qualitativas. O estudo foi desenvolvido em dois hospitais públicos de referência situados no Município do Rio de Janeiro. Das 72 mulheres atendidas, a maioria referiu como agressor o esposo/companheiro/namorado (69,4%) e sofreu agressões por espancamento (70,4%), sobretudo na região de face e cabeça. Conclui-se que o atendimento emergencial deve prestar uma atenção clínica e cirúrgica de qualidade, mas também ser capaz de desencadear ações preventivas.
Este artigo efetua uma síntese parcial do estudo "Prevenir e Proteger: Análise de um serviço de atenção à criança vítima de violência doméstica". A pesquisa analisou a atuação dos Centros Regionais de Atenção aos MausTratos na Infância (Cramis) no atendimento a crianças e adolescentes (e familiares) vítimas da violência intrafamiliar. Buscou-se um diálogo teórico-metodológico entre as abordagens quantitativa e qualitativa, focalizando a estrutura, os processos e as representações presentes na atuação dos Cramis, além da caracterização das famílias atendidas no período de 1988 a 1992. Apresenta-se como resultado o perfil dessas famílias, bem como o perfil de atuação dos serviços. Diante dos dados analisados, discute-se a potencial contribuição da experiência dos Cramis à implementação de ações no sistema público de saúde.
Neste artigo discutem-se as possibilidades de prevenção que o setor de emergência pode desencadear diante dos casos de violências. Apóia-se nos dados de pesquisa em que se analisaram os atendimentos feitos às vítimas de "causas externas" em dois hospitais públicos de emergência no Rio de Janeiro. Optou-se, neste trabalho, por tratar de forma breve as principais "causas externas" atendidas (entre acidentes e violências), enfatizando-se os atendimentos de violência doméstica contra crianças, contra mulheres e os de tentativas de suicídios. A metodologia da pesquisa articulou o estudo descritivo de base quantitativa a uma abordagem qualitativa construída através de observação de campo e de entrevistas. A partir dos dados empíricos, trava-se uma discussão sobre o atendimento realizado e as oportunidades de prevenção possíveis e as condições necessárias para esta tarefa.
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