2008
DOI: 10.1590/s0104-62762008000100008
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Democracia Liberal: uma novidade já desbotada entre jovens

Abstract: Este artigo busca mostrar a relação da juventude brasiliense com a política institucional, revelando o que está por trás da rejeição aos políticos profissionais e às instituições que ocupam. Em vez de estereotipar a postura crítica destes e destas jovens, sem antes analisar serenamente o contexto em que essa crítica surge, procurou-se mostrar o lugar de fala, a arena política em que surge essa crítica. Nessa arena, encontra-se uma democracia institucionalizada, com eleições estáveis, mas que não corresponde às… Show more

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“…Segundo Florentino (2008), a desconfiança e o afastamento da política institucional por parte dos jovens não significa necessariamente uma alienação ou despolitização (imagens comumente associadas aos jovens contemporâneos), mas uma crítica ao fato de que o sistema político não tem conseguido dar respostas aos seus anseios e necessidades. Eles parecem dizer que a política representativa deve se reinventar, caso queira garantir a participação de um número maior de pessoas, inclusive dos jovens.…”
Section: Do Descrédito Ao Instrumento De Transformaçãounclassified
“…Segundo Florentino (2008), a desconfiança e o afastamento da política institucional por parte dos jovens não significa necessariamente uma alienação ou despolitização (imagens comumente associadas aos jovens contemporâneos), mas uma crítica ao fato de que o sistema político não tem conseguido dar respostas aos seus anseios e necessidades. Eles parecem dizer que a política representativa deve se reinventar, caso queira garantir a participação de um número maior de pessoas, inclusive dos jovens.…”
Section: Do Descrédito Ao Instrumento De Transformaçãounclassified
“…É comum na literatura, atribuir o desinteresse à dimensão institucional da política a questões ligadas à alienação e desinformação e essa abordagem é mais marcante quando se trata do engajamento político das gerações jovens contemporâneas, em relação às gerações passadas (Florentino, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…Além disso, é preciso considerar que, de modo geral, os estudos sobre a "condição juvenil", ao longo do século XX, inscreveram-se no interior de um espectro analítico que ia da percepção dos jovens como "motor de mudanças" da sociedade até como um grupo potencialmente perigoso ou ameaçador, em diferentes sentidos (Boghossian & Minayo, 2009;Sposito, 2000). Evidentemente, nenhum dos dois "polos" de interpretação pode ser comprovado como regra absoluta, e no Brasil encontramos, a partir dos anos 1960, uma importante tradição de estudos que tende a relacionar os jovens a ideais políticos transformadores e utópicos, oriunda, sobretudo, da análise do papel dos estudantes na luta contra a ditadura militar (Abramo, 1994;Mortada, 2009;Sposito, 2010 (Boghossian & Minayo, 2009;Borelli, Rocha, Oliveira, & Lara, 2009;Castro & Nascimento, 2013;Dayrell, Gomes, & Leão, 2010;Florentino, 2008;Fuks, 2011;Sposito, 2009aSposito, , 2009bSposito, , 2010…”
unclassified
“…Em que pese o fato de a rede ser, evidentemente, muito bem organizada e contar atualmente com uma estrutura considerável, o E-jovem, como todas as outras associações de jovens LGBT, enfrenta dificuldades para dar continuidade a determinadas ações, em função da alta rotatividade de seus participantes, que rapidamente percorrem a adolescência e parte da juventude e se deparam com o ingresso na universidade e/ou no mercado de trabalho e passam a ter cada vez menos tempo disponível para a atuação militante. Esse é um traço similar aos achados das pesquisas sobre a manutenção de grêmios estudantis e suas ações nas escolas brasileiras (Martins & Dayrell, 2013;Zibas et al, 2006 Florentino (2008), os jovens não necessariamente rejeitam a política e o Estado em si mesmos, e até acreditam que, potencialmente, a política tradicional poderia garantir um melhor ordenamento da sociedade e promover qualidade de vida e segurança para as minorias ou os grupos minorizados. O que é, efetivamente, questionado diz respeito ao funcionamento dessas instituições, baseado em uma percepção de que a classe política se apropria da máquina estatal para seu proveito próprio e, em geral, demonstra baixa eficácia na resolução de conflitos e mazelas sociais e econômicas.…”
unclassified