2008
DOI: 10.1590/s0104-59702008000400004
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A epidemia de gripe espanhola: um desafio à medicina baiana

Abstract: Evidencia o momento em que as autoridades médicas e sanitárias da Bahia foram desafiadas a explicar um mal que se disseminava com inesperada virulência, em meio a incertezas e controvérsias sobre o diagnóstico e a etiologia da gripe, que agitavam a comunidade acadêmica e científica mundial. Analisa o posicionamento da medicina baiana diante dessas discussões e o aporte científico utilizado pelos médicos para explicar o evento epidêmico e recomendar as medidas terapêuticas e profiláticas.

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“…al (2019, p. 41), este atraso ou recusa vacinal pode estar vinculado à atuação de grupos antivacinação, cujo movimento -foi inserido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório, como um dos dez maiores riscos à saúde mundial‖. A referida Organização considera a periculosidade deste movimento, na medida em que -ameaça retroceder o progresso obtido no combate a doenças imunopreveníveis, como por exemplo a poliomielite e o sarampo‖.Este movimento tem crescido nos últimos anos, mobilizando -pais e pessoas em geral, que não imunizam seus filhos e nem a si próprios, causando diminuição das coberturas vacinais, facilitando a porta de entrada para doenças ainda pouco conhecidas e pondo em risco a vida de outras pessoas.‖ Atrelado ao crescimento do movimento antivacina, vislumbra-se a circulação massiva de fake news por meio das redes digitais, que tem feito multiplicarem-se os discursos contra os métodos de imunização para doenças altamente contagiosas, cem anos após o evento devastador da Gripe Espanhola, que infectou mais de seiscentos milhões e vitimou entre vinte e quarenta milhões de pessoas em todo o mundo (SOUZA, 2008). Tais discursos compõem o conteúdo deposts, áudios e vídeos que se espalham por redes digitais e aplicativos de trocas de mensagens, reverberando argumentos que, supostamente, reivindicam a defesa da proteção do corpo contra todos os tipos de vírus, anunciam os riscos associados à vacinação -efeitos adversos, muitos propagados como fatais, benefícios maiores à indústria farmacêutica do que aos cidadãos, formas mais eficazes e naturais de proteção da saúde -e representam, em grande medida, o resultado da ação de pessoas integrantes de grupos e comunidades que compõe movimentos antivacina (SACRAMENTO; PAIVA, 2020).…”
Section: Nos Alboresunclassified
“…al (2019, p. 41), este atraso ou recusa vacinal pode estar vinculado à atuação de grupos antivacinação, cujo movimento -foi inserido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório, como um dos dez maiores riscos à saúde mundial‖. A referida Organização considera a periculosidade deste movimento, na medida em que -ameaça retroceder o progresso obtido no combate a doenças imunopreveníveis, como por exemplo a poliomielite e o sarampo‖.Este movimento tem crescido nos últimos anos, mobilizando -pais e pessoas em geral, que não imunizam seus filhos e nem a si próprios, causando diminuição das coberturas vacinais, facilitando a porta de entrada para doenças ainda pouco conhecidas e pondo em risco a vida de outras pessoas.‖ Atrelado ao crescimento do movimento antivacina, vislumbra-se a circulação massiva de fake news por meio das redes digitais, que tem feito multiplicarem-se os discursos contra os métodos de imunização para doenças altamente contagiosas, cem anos após o evento devastador da Gripe Espanhola, que infectou mais de seiscentos milhões e vitimou entre vinte e quarenta milhões de pessoas em todo o mundo (SOUZA, 2008). Tais discursos compõem o conteúdo deposts, áudios e vídeos que se espalham por redes digitais e aplicativos de trocas de mensagens, reverberando argumentos que, supostamente, reivindicam a defesa da proteção do corpo contra todos os tipos de vírus, anunciam os riscos associados à vacinação -efeitos adversos, muitos propagados como fatais, benefícios maiores à indústria farmacêutica do que aos cidadãos, formas mais eficazes e naturais de proteção da saúde -e representam, em grande medida, o resultado da ação de pessoas integrantes de grupos e comunidades que compõe movimentos antivacina (SACRAMENTO; PAIVA, 2020).…”
Section: Nos Alboresunclassified
“…A segunda, foi considerada a mais virulenta e ocasionou o maior número de mortes, teve início em agosto e foi até janeiro de 1919. A última onda se estendeu de fevereiro de 1919 e, em alguns lugares, foi até 1920 (Bertucci-Martins, 2003;Martino, 2017;Souza, 2008).…”
Section: A Influenza Espanhola Chega Ao Brasilunclassified
“…Os estados mais pobres, enfatizando-se os do Norte-Nordeste quando comparados aos do Sudeste-Sul, mantêm aparatos de saúde inferiores e podem colapsar com mais rapidez, sendo essencial a aplicação de políticas preventivas, bem como o respeito destas por parte da população 14 . Vale salientar que, como em outras pandemias, a ciclicidade, também conhecida como "ondas epidêmicas", venha a atingir regiões mais vulneráveis posteriormente, causando mais mortes que nas primeiras investidas, como aconteceu na Gripe Espanhola 16 .…”
Section: Introductionunclassified
“…trolado, bem como atingir regiões ainda não infectadas, criando novos epicentros: são as chamadas ondas epidêmicas. A gripe espanhola, que matou mais de 40 milhões de pessoas no mundo é um exemplo, uma vez que foram datadas três ondas epidêmicas e as duas últimas foram as mais letais, devido a aspectos como a transmissão para regiões menos assistidas16,68,69 .Nenhum país está totalmente preparado para enfrentar uma pandemia, mas o acompanhamento das boas práticas é essencial para que não ocorram perdas significantes, sejam elas estruturais, familiares ou econômicas.…”
unclassified