This study aimed to map indicators of violence against women as recorded by primary healthcare services in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, and to identify difficulties experienced by health professionals in reporting such violence. Epidemiological data on this type of notification were collected in the information system of the Municipal Health Department. Data were produced with a semi-structured questionnaire and three focus group sessions with participation by 270 primary care professionals. The data were submitted to content analysis and were coded, categorized, and discussed in light of a literature review. A central analytical axis was called (in)visibility of violence against women. The data revealed both the recognition of violence as a public health problem and the invisibility that prevents dealing with it properly. Notification of such violence is often viewed as a fuss or commotion, which hampers progress in discussing and acting on the problem.
O artigo apresenta uma reflexão acerca do trabalho desenvolvido por psicólogas em Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) de Belo Horizonte, e é motivado pela intenção de proporcionar maior conhecimento sobre a atuação desse profissional em novos cenários da Atenção Primária em Saúde. Sendo assim, pretendeu-se conhecer a atuação dos psicólogos nos NASF de Belo Horizonte, acompanhando seu processo de implantação. Para tanto, utilizou-se o método qualitativo de pesquisa, tendo sido realizadas revisão de literatura e análise de documentos governamentais afins à temática em estudo além de entrevistas semiestruturadas com sete psicólogas que atuam em equipes do NASF. Acompanhando o início do trabalho do NASF em Belo Horizonte e o direcionamento interdisciplinar de apoio às equipes de Saúde da Família (ESF), os dados sugerem que as práticas psi estão sendo construídas pelas equipes em campo. São produzidos diálogos entre os diversos saberes ali congregados, representados pelos profissionais de saúde dos Núcleos, entre as ESF e as equipes do NASF e entre as equipes de saúde e a própria população. Acredita-se que, nesses encontros, concepções e práticas diversas em saúde componham diálogos e debates profícuos.
We investigated the processes involved in the construction of the Brazilian National Health Promotion Policy (PNPS)
Resumo O objetivo deste artigo é discutir narrativas sobre a morte em duas pandemias, a Gripe Espanhola (1918-1920) e a Covid-19 (2020), no contexto brasileiro. O desenho teórico-metodológico está assentado na revisão narrativa de bibliografia selecionada do Portal de Periódicos Capes e da coleção SciELO e em narrativas audiovisuais em plataformas digitais sobre Covid-19. As duas pandemias desvelam as desigualdades sociais na morte, a negligência sanitária do Governo Federal, subnotificação dos casos, fragilidade dos serviços de saúde, suspensão dos ritos fúnebres e desestruturação do cotidiano. A gripe espanhola foi mais letal para a população jovem e os jornais eram o espaço privilegiados de informação. Os idosos são os que mais morrem por Covid-19. As plataformas digitais são simultaneamente espaços que propagam notícias falsas, análises de especialistas e narrativas que apostam na resistência, solidariedade e sensibilidade diante da vida e da morte.
ResumoEste trabalho é um estudo bibliográfico-exploratório com o objetivo de problematizar o campo da promoção da saúde, localizando alguns de seus avanços e problemas no debate internacional e em sua configuração no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Recorre, para esse fim, a textos e documentos no campo da promoção da saúde aproximando deles a discussão foucaultiana sobre a ação do biopoder, sobre a vida e as resistências que se manifestam nesse embate. Entende a promoção da saúde como um campo de discursos e práticas, saberes e poderes, atravessado, concomitantemente, por dimensões regulatórias e disciplinares, e por dimensões participativas e emancipatórias; e busca realizar uma "genealogia dos problemas" nessa arena. Analisa o Relatório Lalonde e suas repercussões, comenta as Cartas Internacionais de Promoção da Saúde, aborda o diferencial brasileiro com a presença de forças populares na construção das políticas de saúde. Aponta que o trabalho em promoção da saúde não é feito sem tensões, exigindo contínua atenção e um paciente empenho plural de gestores, técnicos e usuários, em que cada avanço inaugura novos perigos, o que demanda novas ações.
Analisa-se o uso da noção de subjetividade no campo da saúde coletiva associada às condições históricas e institucionais que o demandaram. A busca em periódicos específicos da área e livros de referência constituiu-se como estratégia metodológica central. Identificamos três funções no uso do conceito de subjetividade, associando-as primariamente às suas variáveis externas (trajetória do movimento sanitário e institucionalização do SUS), e secundariamente às variáveis internas (lógica do campo teórico-conceitual). As funções identificadas discutem a subjetividade (1) como elemento para se pensar a ação social de sujeitos políticos engajados no projeto da Reforma Sanitária; (2) como estratégia de problematizar o cuidado e a gestão como práticas intersubjetivas; (3) como substrato para a produção de autonomia nos indivíduos e coletivos. Em suas variáveis externas, as três funções se estabelecem como processos de construção de estratégias micro e macropolíticas em prol da consolidação do SUS.
O artigo apresenta e discute dados produzidos por uma pesquisa sobre práticas de grupo desenvolvidas por Equipes de Saúde da Família (ESF) dos nove Distritos Sanitários de Belo Horizonte. Foram realizadas entrevistas com gerentes de Unidades Básicas de Saúde e profissionais das ESF, grupos focais com usuários e observações participantes em grupos em andamento nas unidades. Na análise dos dados, buscamos privilegiar a dimensão processual e de construção histórica das práticas investigadas, através da discussão de cinco aspectos: (1) motivos para a realização dos grupos; (2) mudanças de enfoque das práticas grupais; (3) dimensões informativa e participativa dos grupos; (4) efeitos e (5) avaliação das práticas grupais. As análises apontam que as práticas de grupo apresentam múltiplas facetas quanto à organização dos serviços e da assistência, à função e aos objetivos propostos por diferentes equipes e à sua configuração. Observa-se uma mudança de enfoque, ainda incipiente, de práticas centradas na doença para a composição de grupos por novos eixos estruturantes, em conformidade com o que se preconiza nas diretrizes do município para a atenção básica. Os dados revelam impactos das práticas grupais na diminuição de consultas individuais e na otimização do vínculo entre usuários, profissionais e serviços. Os resultados apontam a tensão entre o dispositivo "consulta individual" e o dispositivo "práticas de grupo". O primeiro se apresenta como marcado pelo foco na doença, enquanto o dispositivo "práticas de grupo" desfocaliza a doença, trazendo à tona outras dimensões de vida, associadas à promoção da saúde.
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