2004
DOI: 10.1590/s0104-026x2004000100012
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Trabalho familiar: uma categoria esquecida de análise

Abstract: A influência do marxismo na Sociologia do trabalho e no feminismo foi e ainda é muito grande, o que trouxe uma ênfase nos estudos sobre o operariado. Com isso, o campesinato tornou-se um tema de difícil articulação dentro do marxismo e do feminismo. Havia uma crença generalizada de que liberação das mulheres passaria necessariamente por sua independência financeira, fruto da inserção individual no mercado de trabalho. Como 'encaixar' aí as mulheres em regime de trabalho familiar? Elas não foram bem 'encaixadas… Show more

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“…Ainda sobre a passagem do patrimônio, no sul do Brasil a sucessão e a herança eram considerados como processos tardios, em que os pais tendem a realizar estes encaminhamentos ao final da vida ou a partir do fim da sua capacidade física de trabalho (PAULILO, 2004;PERONDI, 2016). A pesquisa de Carneiro (1998) A atualidade do debate em torno da sucessão na produção familiar, não apenas no contexto brasileiro, mas também mundial, oferece indícios para uma problemática rural que está distante de ser resolvida por políticas públicas, considerando a existência de uma ampla diversidade de contextos rurais e culturais presentes no país.…”
Section: Desenvolvimento Em Questãounclassified
“…Ainda sobre a passagem do patrimônio, no sul do Brasil a sucessão e a herança eram considerados como processos tardios, em que os pais tendem a realizar estes encaminhamentos ao final da vida ou a partir do fim da sua capacidade física de trabalho (PAULILO, 2004;PERONDI, 2016). A pesquisa de Carneiro (1998) A atualidade do debate em torno da sucessão na produção familiar, não apenas no contexto brasileiro, mas também mundial, oferece indícios para uma problemática rural que está distante de ser resolvida por políticas públicas, considerando a existência de uma ampla diversidade de contextos rurais e culturais presentes no país.…”
Section: Desenvolvimento Em Questãounclassified
“…Paulilo (2004) e Brumer (2004) demonstram que certa divisão sexual do trabalho, em agricultura familiar, jovens e projetos profissionais: apontamentos teóricos e metodológicos O artigo apresenta a análise dos projetos profissionais de jovens estudantes de um curso técnico em agropecuária na interface com a produção de subjetividades, relações de gênero e reprodução da agricultura familiar. A pesquisa originaria foi realizada no período de agosto de 2013 a julho de 2014, em um campus do Instituto Federal Catarinense, e teve como objetivo geral descrever como se constituem projetos profissionais de jovens rurais estudantes de cursos técnicos em agropecuária do sul de Santa Catarina a partir de uma perspectiva de gênero.…”
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“…Mas por que as relações entre juventude e reprodução da agricultura familiar merecem ser consideradas em contextos de formação contextos rurais, atribui diferentes atividades a homens e mulheres. As mulheres ainda são responsáveis por atividades domésticas e os homens por atividades consideradas produtivas, economicamente valorizadas, predominando a noção de que a realização de atividades produtivas por mulheres se trata de "ajuda" (Brumer, 2004;Paulilo, 2004). Deste modo, pode-se inferir que a divisão sexual do trabalho produz certa desvalorização do trabalho feminino e contribui para o êxodo rural de mulheres.…”
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“…Tendo em vista que a divisão sexual do trabalho faz-se a partir da histórica divisão entre as esferas consideradas públicas e privadas, respectivamente, relacionadas ao trabalho produtivo e reprodutivo (doméstico), em contextos rurais, conforme Paulilo (2004), os limites de tal divisão não são assim tão claros. Comparado ao modo de produção capitalista que institui a separação entre as esferas de produção do trabalho (trabalho produtivo) e doméstica (trabalho não produtivo), Paulilo (2004) argumenta que no caso do campesinato não é fácil visualizar a separação entre unidade familiar e de produção.…”
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“…Comparado ao modo de produção capitalista que institui a separação entre as esferas de produção do trabalho (trabalho produtivo) e doméstica (trabalho não produtivo), Paulilo (2004) argumenta que no caso do campesinato não é fácil visualizar a separação entre unidade familiar e de produção. "Quando a mulher faz queijo, por exemplo, pode fazê-lo para comer ou vender" (Paulilo, 2004, p. 243).…”
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