A Problemática do Envelhecimento no Meio Rural sob a Ótica dos Agricultores Familiares sem Sucessores

Abstract

ResumoObjetiva-se neste artigo analisar as situações experimentadas e perspectivas vislumbradas pelos agricultores familiares sem sucessores no que respeita à questão do amparo na velhice e no destino do patrimônio. As entrevistas foram realizadas com agricultores familiares sem sucessores nos municípios de Dona Francisca, Pinhal Grande e Esperança do Sul, localizados, respectivamente, nas Regiões Central e Noroeste do Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados mostram que as principais situações e encaminhamentos são: a) ser amparados pelos filhos e residir na cidade com eles; b) gostariam de ser amparados pelos filhos, mas vivem numa condição de incerteza quanto ao futuro; c) gostariam de ser amparados pelos filhos, mas a tendência é a de que sejam cuidados por terceiros; d) gostariam de ser amparados pelos filhos, esperando o retorno dos descendentes à propriedade. Com relação ao patrimônio (terra), os agricultores consideram a possibilidade de vender a propriedade

Organizational Values: Antecedents of Well-Being at Work for Rural Successors

“…Poorly resolved conflicts lead to the successor leaving the property. Consequently, predecessors age in rural areas with no prospect of continuing ownership, the possibility of selling becomes an option, which implies changes in production chains and in the distribution of land areas, that is, it alters productive dynamics (Spavenello et al, 2017;Zardo et al, 2020). Evidence from the study points out how factors that favor the decision to remain on the property are the need for an asset transfer schedule, satisfactory and distributed income to family members, public policies, land purchase, internet access, education, and also to forming a couple with someone who accepts part of the responsibility in the activities of the property (Matte et al, 2019).…”

“…According to data from the Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina and Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola -Epagri/Cepa (2019, p. 7), agriculture in Santa Catarina is formed by "183,065 agricultural establishments [...], generating about 500 thousand direct jobs and thousands more in different productive chains, generating high added value". Despite this evident economic importance, the problem with this study is the fact that cooperative farms , 23(1), eRAMG220118, 2022 doi:10.1590/1678-6971/eRAMG220118 face a challenge for their sustainability: the succession process (Boessio & Doula, 2017;Facioni & Pereira, 2015;Matte, Spanevello, Lago, & Andreatta, 2019;Morais, Rech, Binotto, & Ruviaro, 2016;Ramos, Angnes, & Costa, 2018;Spavenello, Matte, Andreatta, & Lago, 2017;Teston & Filippim, 2016;Teston, Zawadzki, & Verdinelli, 2020;Zardo et al, 2020).…”

Incentivos sucessórios entre associados de cooperativas agropecuárias: um estudo na metade norte do Rio Grande do Sul

“…Como resultado deste movimento populacional, está a dificuldade da permanência dos jovens no campo, em especial dos filhos em permanecer no lugar dos pais como sucessores nos negócios e na gestão das propriedades rurais (Spanevello, Matte, Andreatta, & Lago, 2017). Segundo Boscardin e Conterato (2017), no passado as famílias se constituíam em grandes números, no presente momento, observa-se outra perspectiva, o processo sucessório resulta aproximadamente por um filho, em tese, ainda que os agricultores possuam herdeiros, não quer dizer que tenham sucessores.…”

Organizational values perceived by successors of rural properties at cooperative system: Collectivists or individualists?

“…In addition to contributing to world development, cooperatives have repercussions for regional development (Embrapa / Cepa, 2018), especially for western Santa Catarina (Santa Catarina State Government, 2018). However, cooperatives and rural properties have challenges; among them is the concern with the sustainability of properties (Furlan, Angnes & Morozini, 2018), often caused by the evasion of young successors in this sector (Spanevello, Matte, Andreatta & Lago, 2017). The decision to stay on the rural property, or even in the agribusiness sector, permeates the associates' values profile, especially the younger ones (Teston, Andolfato, Schneider, Lucas & Zawadzki, 2016).…”