Educação estatística no curso de licenciatura em matemática

Abstract

ResumoEste artigo apresenta uma discussão sobre a disciplina de Estatística no curso de formação inicial do futuro professor de matemática que atuará na Educação Básica. Tem-se por objetivo problematizar o desenvolvimento teórico e metodológico dessa disciplina na formação docente, a partir da experiência de estágio na disciplina de Estatística oferecida no segundo semestre de 2008, na Universidade da Georgia (The University of Georgia). A proposta da disciplina parte da concepção de que estatística é uma ciência de análise de dados e que não pode ser tratada em um curso de formação de professores como uma parte da matemática aplicada. O desenvolvimento metodológico da disciplina centra-se na resolução de problemas e no uso de recursos tecnológicos. Os resultados evidenciam que as atividades de ensino propostas no curso promovem o desenvolvimento do pensamento estatístico dos futuros professores de matemática e auxilia-os na percepção sobre o trabalho a ser desenvolvido com seus futuros alunos. Cabe ressaltar, também, a importância da interação de futuros professores com professores em serviço durante as aulas regulares da disciplina.Palavras-chave: Ensino Superior. Matemática. Estatística. Educação. AbstractThis article presents a discussion on Statistics courses in undergraduate education of future math teachers who will work at the elementary school level. It aims to discuss the

Disciplina de estatística na matriz curricular dos cursos de licenciatura em Matemática no Brasil

“…Com base na problemática levantada, nossa proposição vai ao encontro do apresentado por Lopes (2013), pois entendemos que primeiramente as disciplinas de Estatística nos cursos de licenciatura em Matemática devem contemplar o estudo das competências estatísticas, bem como proporcionar aos futuros professores de Matemática que exercitem a sua capacidade de desenvolver atividades para a sala de aula, a fim de promover a aprendizagem estatística nos alunos da Educação Básica. Em relação ao ensino de Probabilidade na Educação Básica, Bernardes (1987, p. 13) enfatiza que "o ensino da Matemática se deve ocupar mais da tomada consciente de decisões do que do estrito cálculo, então a teoria das probabilidades é fundamental".…”

Ensinar Estatística: uma revisão sistemática sobre a formação do professor

“…Em A.08, Lopes (2013) problematiza o desenvolvimento teórico e metodológico da disciplina de estatística na formação docente, com relatos de uma experiência vivenciada na Universidade da Geórgia no ano de 2008. O artigo A.08 é o único artigo de autoria brasileira, classificado entre os 15 mais relevantes e, apesar de tratar de um curso fora do país, a autora apresenta alguns estudos que tratam do contexto brasileiro, como os de Costa (2007), Costa e Nacarato (2011) e Costa e Pamplona (2011).…”

“…Nesse sentido, a autora alerta para as diferenças entre estatística e matemática, como já se observou nos artigos A.01 e A.02, e para a necessidade de considerar a estatística como ciência de análise de dados. Para Lopes (2013) isso traz implicações para a formação docente, ISSN 1981-1322DOI: http:// doi.org/105007/1981-1322.2019 pois é necessário que sejam abordados nos cursos de formação aspectos inerentes a essa ciência, como a variabilidade e o contexto. Para a autora "a ciência estatística requer um tipo diferente de pensar, porque os dados não são apenas os números, eles são números com um contexto" (p. 905).…”

A pesquisa quanti-ação como ferramenta para o ensino de estatística na Educação Básica

“…Considerando que, na estrutura organizacional da educação brasileira, o professor de Matemática e o Pedagogo são os principais responsável por abordar os conteúdos estatísticos na educação básica, pesquisadores da área da Educação Estatística vêm apontando em seus trabalhos a necessidade de mudanças na formação dos professores da Pedagogia e da Licenciatura em Matemática visando melhor prepará-los para o ensino de Estatística (Lopes, 2008(Lopes, , 2013 Assim, a área da Educação Estatística tem procurado contribuir com a divulgação de metodologias que poderão ser utilizadas com os licenciandos e professores de matemática, com vistas a que o letramento estatístico das crianças e adolescentes seja abordado como recomendado nesses documentos oficiais, de forma evolutiva e a partir da contextualização de dados. Para isso, mais do que alterações nos programas e ementas das disciplinas, é necessária uma reflexão mais abrangente a respeito dos enfoques e metodologias disponíveis para se avançar na compreensão desse processo.…”