Este artigo apresenta um excerto relacionado a um aspecto da pesquisa de doutorado que foi desenvolvida na Unesp – Rio Claro. Tal excerto objetiva compreender o desenvolvimento conceitual das Comunidades de Práticas nas três obras de Etienne Wenger e identificar os reflexos desse referencial teórico nas pesquisas na área da Educação e Ensino no Brasil. Para isso, realizamos um mapeamento das pesquisas em Educação e Ensino seguindo os procedimentos das investigações do tipo “estado da arte”. Assim sendo, o corpus foi constituído por 46 pesquisas (20 dissertações e 26 teses) defendidas no período de 2005 a 2016. Esses procedimentos nos conduziram à identificação do desenvolvimento conceitual das Comunidades de Prática nas três obras que Etienne Wenger participa como autor. Notamos que após a publicação da terceira obra - Wenger, Mcdermott e Snyder (2002) -, Wenger apresenta o conceito de Comunidade de Prática próximo da definição enfatizada na referida obra. Apesar disso, constatamos que existe uma predominância da obra Wenger (1998) nas pesquisas que utilizam os pressupostos teóricos das Comunidades de Práticas na área da Educação e Ensino no Brasil; Percebemos a predominância de quatro programas de pós-graduação de quatro IES – Unesp – Rio Claro/SP; Unicamp – Campinas/SP; PUC – São Paulo/SP; e UEL – Londrina/PR - no Brasil que desenvolvem pesquisas na área da Educação e Ensino com os pressupostos das Comunidades de Práticas na perspectiva de Etienne Wenger em suas três obras principais.
Nesta pesquisa objetivamos compreender como as disciplinas de Estatística estão estruturadas na Matriz Curricular dos cursos de Licenciatura em Matemática em atividade no Brasil. Para alcançar tal objetivo, realizamos uma pesquisa qualitativa na modalidade documental, por meio da análise de 190 Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) de Licenciatura em Matemática de todas as regiões geográficas do Brasil. Como referencial teórico, recorremos a diversos pesquisadores que abordam a importância da Formação Estatística nas Licenciatura em Matemática para preparar os futuros professores de Matemática para a atuação na Educação Básica. Para analisar os dados, utilizamos alguns procedimentos da Análise de Conteúdo na perspectiva elucidada por Bardin (1977), a qual nos proporcionou constituir quatro Categorias de Análise que representam os aspectos centrais da pesquisa: (i) Estatística Descritiva; (ii) Estatística Inferencial; (iii) Análise Combinatória e Probabilidade; (iv) Ensino de Estatística na Educação Básica. Essas categorias de análise foram interpretadas por meio de um movimento dialógico entre os dados, o referencial teórico, o objetivo da pesquisa, bem como as nossas percepções. A análise interpretativa dessas categorias nos permitiu compreender que apesar de existirem disciplinas de conhecimentos de Estatística em 97% das matrizes curriculares dos PPCs de licenciatura em Matemática no Brasil, elas privilegiam a abordagem conceitual em detrimento de uma abordagem mais relacionada ao conhecimento pedagógico dos conteúdos de Estatística que os futuros professores trabalharão nas escolas da Educação Básica. Assim sendo, os resultados da presente pesquisa apontam para a necessidade de uma readequação das disciplinas de Estatística pelos Núcleos Docentes Estruturantes (NDE’s) convergente para à futura prática docente dos licenciados em Matemática no ensino fundamental e médio
No presente artigo, objetivamos identificar a presença dos Conhecimentos Algébricos nas questões das provas de Matemática do Novo ENEM no período de 2009 a 2018 para proporcionar reflexões curriculares aos professores de Matemática em serviço no Ensino médio das escolas. A questão norteadora da pesquisa foi: Qual tem sido a presença dos Conhecimentos Algébricos nas provas de Matemática do Novo ENEM nos períodos de 2009 a 2018? O corpus foi constituído pelas 450 questões da prova de Matemática do “Novo ENEM”. Para o desenvolvimento do trabalho utilizamos alguns conceitos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977), a qual nos proporcionou a constituição de três Categorias de Análise: (1) Álgebra Elementar; (2) Múltiplas Representações de Funções; e (3) Funções Elementares. Identificamos 86 questões (o que equivale a 19,2% das questões da prova de Matemática do Novo ENEM) relacionadas aos Conhecimentos Algébricos. Constatamos que das 86 questões, 74 (86% das questões) foram classificadas como contextualizadas e 12 questões, o que equivale 14%, possuíam um formato do tipo exercícios relacionadas apenas ao contexto da Matemática. No entanto, identificamos que apenas 32 questões possuíam características de interdisciplinaridade, o que corresponde somente 37% da questões, e 54 questões não possuem características interdisciplinares, o que corresponde a 63% do total de questões. Notamos também que os Conhecimentos Algébricos estiveram presentes em todas as provas de Matemática no período analisado, sendo o ano de 2018 com a maior recorrência, 14 questões, e o ano 2014 com a menor recorrência, quatro questões. Percebemos ainda que o principal conteúdo relacionado aos Conhecimentos Algébricos é a Representação Gráfica de uma Função.
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que objetivou: analisar a produção acadêmica das dissertações e teses relacionadas à Educação Financeira e/ou Matemática Financeira defendidas nos programas de pós-graduação no Brasil no período de 2000 a 2020. A pesquisa foi realizada por meio de um levantamento de dissertações e teses defendidas no período de 2000 a 2020 envolvendo a Educação Financeira e/ou Matemática Financeira. O corpus da pesquisa qualitativa realizada na modalidade de Estado da Arte foi constituído por 306 pesquisas – dissertações e teses – envolvendo a referida temática. Para a análise dos dados, utilizamos a Análise de Conteúdo, a qual nos permitiu evidenciar seis Categorias de Análise. A partir do levantamento e das análises realizadas, identificamos 164 pesquisas direcionadas para a Matemática Financeira e 142 direcionadas para a Educação Financeira. Constatamos também um aumento significativo de dissertações e teses sobre Educação Financeira e Matemática Financeira a partir do ano de 2012, devido ao início do Profmat. Ressaltamos ainda a necessidade de futuras pesquisas envolvendo as referidas temáticas para a Educação de Jovens e Adultos, Anos Iniciais e Formação Continuada de Professores que Ensinam Matemática.
Neste artigo queremos encontrar respostas à questão norteadora: Quais são os conhecimentos necessários à docência evidenciados pelos participantes do PIBID/Matemática no Brasil? objetivamos explicitar os conhecimentos necessários à docência presentes na formação inicial de professores de Matemática na perspectiva dos participantes do PIBID/Matemática no Brasil. Utilizamos como fundamentação teórica os “Conhecimentos necessários à Docência”, apresentados por Shulman. Para atender a esse objetivo, realizamos um recorte em uma pesquisa de doutorado defendida na UNESP – Rio Claro/SP. Os dados foram constituídos por meio de Questionários respondidos por 394 participantes dos subprojetos do PIBID/Matemática de 83 universidades do Brasil. Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo, os quais nos conduziram à identificação de que a participação nas atividades do PIBID/Matemática proporcionou oportunidades para os licenciandos em Matemática adquirirem os sete conhecimentos necessários para a atuação docente. Além disso, identificamos um oitavo conhecimento necessário à docência - os Conhecimentos Políticos da Profissão -, que envolve a necessidade dos futuros professores conhecerem dimensões importantes do trabalho docente, como gestão escolar e movimento sindical, para enfrentar os diversos desafios da profissão docente. Constatamos ainda que o PIBID apresentou possíveis caminhos para melhorar os processos formativos de professores de Matemática no Brasil, pois proporcionou aos licenciandos em Matemática oportunidades de adquirirem os conhecimentos necessários à docência de um professor de Matemática. Palavras-chave: Conhecimentos Necessários à Docência. PIBID. Formação Inicial de Professores de Matemática. Abstract In this article we want to find answers to the guiding question: What are the necessary knowledge for teaching evidenced by the participants of PIBID / Mathematics in Brazil? We aim make explicit the Knowledge Needed for Teaching present in the initial formation of Mathematics teachers from the perspective of PIBID/Mathematics participants in Brazil. We use as theoretical foundation the “Knowledge Needed to Teachers” presented by Shulman. To meet this objective, we made a cut of a doctoral research defended at UNESP – Rio Claro/SP. The data were composed by questionnaires answered by 394 participants of the PIBID/Mathematics’ subprojects of 83 universities of Brazil. The data were analyzed by Content Analysis, which led us to identify that participation in the activities of PIBID/Mathematics provided opportunities for Mathematics graduates to acquire the seven Knowledge Needed to Teachers. In addition, we identified an eighth knowledge necessary for teaching - the Political Knowledge of the Profession -, which involves the need for future teachers to know important dimensions of teaching, such as school management and trade union movement, to address the various challenges of the teaching profession. We also found that PIBID presented possible ways to improve the training processes of mathematics teachers in Brazil, as it provided mathematics graduates with opportunities to acquire the knowledge needed to teach a mathematics teacher. Keywords: Knowledge Needed for Teaching. Initial Teacher Training in Mathematics. PIBID.
Neste artigo objetivamos evidenciar a importância da formação inicial de professores de Matemática ‘para dentro da profissão’ no âmbito das atividades desenvolvidas pelos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID no Brasil. Como base teórica, recorremos aos estudos de Nóvoa (2009), envolvendo a escola como espaço formativo para o processo de formação inicial de professores. Os dados foram constituídos por meio de dois instrumentos: questionários respondidos por 394 participantes dos subprojetos do PIBID/Matemática de 83 universidades do Brasil e entrevistas realizadas com coordenadores institucionais ou de gestão do PIBID de três universidades públicas paulistas – UFSCar, USP e Unesp – e com a diretora da Capes. Os dados foram tratados por meio da Análise de Conteúdo de Bardin (1977), os quais nos conduziram a quatro constatações: (i) a formação inicial de professores de Matemática deve ser realizada “para dentro da profissão”, pois as teorias desenvolvidas nas licenciaturas em Matemática estão desconectadas da prática realizada nas escolas; (ii) as universidades precisam reconhecer as escolas também como espaço formativo de professores de Matemática no Brasil; (iii) os gestores das escolas proporcionaram acolhimento e suporte para o desenvolvimento das ações do PIBID/Matemática no Brasil; (iv) a vivência dos licenciandos em Matemática no futuro campo de atuação, com o apoio de professores coformadores mais experientes, proporcionada pelo PIBID, contribuiu para os processos formativos dos futuros professores de Matemática.
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